Por Beatriz Borges Magalhães, G1 SP


Entenda o câncer que atinge o prefeito Bruno Covas

Entenda o câncer que atinge o prefeito Bruno Covas

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), foi diagnosticado nesta segunda-feira (28) com um câncer na cárdia, localizada na transição entre o estômago e o esôfago. A previsão é que ele comece o tratamento de quimioterapia ainda nesta semana.

Além do tumor na transição entre o esôfago e o estômago, Covas possui pequenas lesões no fígado e nos gânglios linfáticos. Isso se deve a um processo denominado metástase, que se caracteriza pela migração de células do tumor para outras partes do corpo. De acordo com os médicos, a doença foi traiçoeira, porque não havia sintoma no local.

Boletim médico divulgado pelo Hospital Sírio-Libanês na noite desta segunda diz:

"Exames anatomopatológicos mostraram que o prefeito de São Paulo, Bruno Covas, tem um adenocarcinoma localizado entre o esôfago e o estômago, com duas lesões, uma no fígado e outra nos linfonodos. Com esse diagnóstico o prefeito será submetido a três sessões de quimioterapia, quando será novamente reavaliado".

Prefeito Bruno Covas fará quimioterapia

Prefeito Bruno Covas fará quimioterapia

Inicialmente, Covas foi internado na quarta-feira (23) no Hospital Sírio-Libanês, no Centro de São Paulo, para tratar uma erisipela, que é uma infecção na pele causada por bactérias.

Dois dias depois, foi diagnosticado com quadro de trombose venosa das veias fibulares, que ficam na perna.

No sábado (26), outros exames diagnosticaram tromboembolismo pulmonar e uma tumoração no trato digestivo. Por fim, outro exame, uma laparoscopia (cirurgia minimamente invasiva) feita na noite de domingo confirmou o tumor maligno.

Prefeito de São Paulo, Bruno Covas - do PSDB - vai fazer quimioterapia

Prefeito de São Paulo, Bruno Covas - do PSDB - vai fazer quimioterapia

A equipe de médicos explicou que esse tipo de tumor que atinge o prefeito é relativamente frequente, mas mais raro nos jovens.

"Atualmente, tanto a erisipela quanto a trombose venosa das veias fibulares já estão em remissão, mas ele permanecerá internado para controle do tromboembolismo pulmonar", diz o boletim.

Prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), tem diagnóstico de tumor no sistema digestivo

Prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), tem diagnóstico de tumor no sistema digestivo

Tratamento

Pelos próximos meses, Covas será submetido a sessões de quimioterapia com três tipos de medicamentos.

O tratamento se dividirá em ciclos que serão feitos a cada duas semanas. A previsão é que após o terceiro ciclo os médicos façam o primeiro controle radiológico.

O tratamento é ambulatorial, porém o prefeito continuará internado por conta da trombose.

Prefeito continua no cargo

"Ele tem a responsabilidade de ficar no cargo enquanto possível e terá a possibilidade de deixar o cargo se precisar. Amanhã tem uma reunião agendada", disse um dos médicos de Covas, David Uip.

O secretário da Justiça de São Paulo, Rubens Rizek, afirmou que Covas despachou nesta segunda por meio de assinatura eletrônica.

Na manhã desta segunda, Covas disse estar confiante e que vai vencer os desafios relacionados à sua saúde.

“Não tenho dúvidas que vou vencer esse desafio. Quero agradecer as centenas de mensagens que tenho recebido de inúmeras pessoas. Ajuda muito a enfrentar a tempestade”, afirmou em rede social.

Em nota, a Prefeitura de São Paulo disse que o prefeito "está muito bem fisicamente e com todas as condições para manter uma rotina de trabalho". Disse ainda que "ele está em contato permanente com secretários, por telefone, e está assinando atos, decretos e despachos, por via eletrônica, com a ajuda de um tablet, por meio de um sistema recentemente implantado por ele próprio na prefeitura".

Ainda segundo a Prefeitura, enquanto durar a internação, Covas atenderá os secretários no hospital. Uma reunião está prevista para esta terça-feira (29) para que o prefeito passe orientações a todo secretariado. Ainda segundo a nota, as inaugurações e entregas de obras previstas para os próximos dias deverão ser mantidas, mesmo sem a presença do prefeito.

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