Publicidade

Setor automotivo

‘Quem não der lucro fecha’, diz consultora depois da saída da Ford do Brasil

Nos bastidores do setor automotivo, o que se comenta é que a ordem das matrizes das grandes companhias automotivas é de que as filiais que não derem lucro correm o risco de fechar.

Isso porque não há dinheiro para ser enviado para socorro, pelo ano difícil da pandemia, e o caixa vai ter que ser gerado via lucro, explicou a consultora Tereza Fernandez, da MB Associados.

- A Ford é vista como caso isolado no setor, importante frisar isso. Mas não há recurso das matrizes para enviar para as filiais. Elas terão que buscar o lucro este ano – disse.

Aqui no Brasil, as empresas não são listadas em bolsa, e por isso não se sabe exatamente como anda o caixa de outras montadores do setor. Mas a expectativa da Anfavea é de crescimento de 14% na venda de veículos em 2021, então o ano pode ser de recuperação depois do tombo de 26% este ano. Para se ter uma ideia, no início de 2020 a expectativa era crescer 10%.

A Ford já vinha mal há alguns anos, em 2020 teve queda de 40% nas vendas, pior do que a média do setor. E já tinha perdido posição para Hyundai e Renault nos últimos 10 anos. A empresa fechou 2020 em sexto lugar, com 7,39% do mercado de automóveis. Em 2011, ocupava a quarta colocação, com 9,17%.

Leia também