Saúde Coronavírus

Covid-19: Brasil passa de 3,7 milhões de vacinados e 232 mil mortes

Boletim de imprensa registra que país teve 687 óbitos e 28.061 casos registrados nas últimas 24 horas
Idosa é vacinada em São Paulo Foto: Roberto Casimiro/Fotoarena/Agência O Globo / Agência O Globo
Idosa é vacinada em São Paulo Foto: Roberto Casimiro/Fotoarena/Agência O Globo / Agência O Globo

RIO — Com 687 mortes pela Covid-19 registradas nas últimas 24 horas, o Brasil chegou ao total de 232.248 vidas perdidas pela pandemia do novo coronavírus nesta segunda-feira. A média móvel foi de 1.015 mortes, 4% menor do que o cálculo de duas semanas atrás. Esse é o 19º dia seguido acima de mil mortes.

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Foram contabilizados 28.061 novos casos desde as 20h de domingo, totalizando 9.550.301 de infectados pelo Sars-CoV-2 no país. A média móvel foi de 45.755 diagnósticos positivos, 11% menor do que o cálculo de 14 dias atrás.

A "média móvel de 7 dias" faz uma média entre o número do dia e dos seis anteriores. Ela é comparada com média de duas semanas atrás para indicar se há tendência de alta, estabilidade ou queda dos casos ou das mortes. O cálculo é um recurso estatístico para conseguir enxergar a tendência dos dados abafando o ruído" causado pelos finais de semana, quando a notificação de mortes se reduz por escassez de funcionários em plantão.

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Mais de 3,7 milhões de doses de vacina contra Covid-19 já foram aplicadas no Brasil. Os dados apontam que foram 3.783.228 doses aplicadas. Isso representa 2,35% da população brasileira com mais de 18 anos e 1,79% da população total.

Os dados são do consórcio formado por O GLOBO, Extra, G1, Folha de S.Paulo, UOL e O Estado de S. Paulo e reúne informações das secretarias estaduais de Saúde divulgadas diariamente até as 20h. A iniciativa dos veículos da mídia foi criada a partir de inconsistências nos dados apresentados pelo Ministério da Saúde.

TCU dá dez dias para Manaus informar se foi pressionada pelo Ministério da Saúde para usar cloroquina

O ministro Benjamin Zymler, do Tribunal de Contas da União (TCU), deu dez dias para que a secretaria de Saúde de Manaus (AM) informe ao TCU se foi pressionada a indicar medicamentos sem eficácia comprovada contra a Covid-19 pelo Ministério da Saúde.

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"Informe se houve algum tipo de pressão por parte dos membros da força-tarefa do Ministério da Saúde quando da visita feita no dia 11/1/2021, para que essa unidade de saúde difundisse a utilização de medicamentos como cloroquina, hidroxicloroquina e/ou ivermectina no tratamento precoce dos pacientes com Covid-19 nesse município", escreveu.

Em janeiro, em meio ao crescimento no número de casos da doença no Amazonas e a crise provocada pela falta de oxigênio para tratar pacientes, o governo federal enviou um ofício à Manaus classificando como "inadimissível" a não adoção da orientação da pasta , que inclui o uso de medicações antivirais para o tratamento precoce da Covid-19. As drogas orientadas não têm eficácia comprovada contra a doença.

Vacina da AstraZeneca

A África do Sul suspendeu o uso da vacina contra a Covid-19 da AstraZeneca/Oxford neste domingo, depois que um estudo reduzido indicou que a vacina teve proteção limitada para participantes da pesquisa de desenvolver formas leves ou moderadas da doença causadas pela variante do vírus local, que tem transmissão mais acelerada.

A vacina da AstraZeneca/Oxford é a principal aposta do governo do Brasil na imunização contra a Covid-19. O país também lida com outras variantes, incouindo uma encontrada no Amazonas, com mutações similares, de acordo com especialistas, às da variante sul-africana. À Globonews, o infectologista e pesquisador da Fiocruz Julio Croda afirmou neste domingo que espera uma manifestação célere do Ministério da Saúde sobre a decisão do governo sul-africano.

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Não ficou claro, no entanto, a partir dos dados delineados pelos cientistas sul-africanos no estudo se a vacina AstraZeneca/Oxford de fato não protege contra formas graves da variante, uma vez que nenhum voluntário tenha sido hospitalizado.