Coronavírus

Por G1


Pedestres usam máscara no bairro do Queens, na cidade de Nova Iorque, nos Estados Unidos, em meio à pandemia de coronavírus — Foto: Johannes Eisele / AFP

Os Estados Unidos ultrapassaram nesta segunda-feira (22) as 500 mil mortes pela Covid-19, segundo levantamento da universidade Johns Hopkins. Às 18h50 (horário de Brasília), o site da instituição registrava 500.071 óbitos. O país é o mais afetado pelo coronavírus, liderando a lista de casos confirmados e óbitos pela doença.

Para homenagear o meio milhão de mortos, o presidente Joe Biden ordenou que todas as bandeiras sejam hasteadas a meio mastro nos prédios federais, e falou no final do dia, após participar de um minuto de silêncio e de uma solenidade na qual foram acendidas velas no jardim da Casa Branca.

"Peço aos americanos que lembrem dos que perdemos e dos que ficaram para trás", disse o presidente.

"Como nação, não podemos e não devemos permitir que isso continue", disse o presidente. "Temos que acabar com as políticas e a desinformação que dividiu famílias e comunidades".

"Devemos lutar contra isso juntos, como se fôssemos um, como os Estados Unidos da América", concluiu.

EUA atingem a marca de 500 mil óbitos por Covid-19

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Há pouco mais de um mês, os EUA atingiram as 400 mil mortes, mas curva começa a frear com os primeiros efeitos do programa de vacinação em massa. Desde dezembro, os americanos vacinam a população contra a Covid-19, com as vacinas produzidas pelas farmacêuticas Pfizer/BioNTech e Moderna.

Site da Universidade Johns Hopkins mostra 500.071 mortes por Covid-19 nos EUA na segunda-feira (22) — Foto: Reprodução/Johns Hopkins

Mais de 61 milhões de pessoas foram vacinadas no país, cerca de 13% da população elegível. Com isso, o país registrou queda de 44% na média móvel de novos casos e de 35% na média de mortes. Os dados são do monitoramento do jornal "The New York Times".

A título de comparação, o Brasil vacinou 5,8 milhões de pessoas (2,7% da população) e ainda não teve efeitos claros na redução de curvas, como indica o consórcio de veículos de imprensa.

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Avanço das vacinas

Em sua posse, o presidente americano, Joe Biden, estabeleceu como meta até o dia 30 de abril vacinar ao menos 100 milhões de americanos contra a Covid-19. A catástrofe climática que assola o país nos últimos dias reduziu bastante o ritmo da vacinação no país.

Segundo o NYT, mais de 2 mil pontos de vacinação foram afetados por conta da onda de frio, além dos desafios logísticos para driblar as nevascas e recompor os estoques dos estados. Ainda de acordo com o jornal, cerca de 1,52 milhão de doses de vacina estão sendo administradas por dia. Embora ainda esteja acima da meta do presidente Biden, é a taxa mais baixa desde 8 de fevereiro.

Mas são animadoras as notícias vindas da Pfizer/BioNTech, que submeteram novos dados sobre o armazenamento de sua vacina contra Covid-19 à agência de saúde americana, FDA, que mostra que o imunizante pode ser armazenado por até duas semanas a -25º C.

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O protocolo anterior exigia que a vacina fosse mantida apenas a temperatura ultrafria de -70º C. "Se aprovada, esta nova opção de armazenamento oferecerá às farmácias e centros de vacinação maior flexibilidade na forma como administram o fornecimento da vacina ”, afirmou Albert Bourla, presidente e diretor executivo da Pfizer.

As empresas começaram também a testar sua vacina em grávidas com 18 anos ou mais. Os estudos de Fase 2/3 buscarão checar a segurança, tolerância e eficácia neste público, que não tinha participado dos estudos anteriores usados na aprovação do imunizante.

Em breve, iniciam-se testes com crianças entre 5 e 11 anos.

Mortes

Ao atingir 500 mil, o número de mortos por Covid-19 desde o início da pandemia nos EUA já supera o de pessoas que morreram no país em 2019 de doenças respiratórias crônicas, acidente vascular cerebral, doença de Alzheimer, gripe e pneumonia combinados, segundo a agência Associated Press.

As duas primeiras mortes por Covid-19 no país foram registradas em fevereiro de 2020, no condado de Santa Clara, na Califórnia. Foram necessários quatro meses para que se atingisse um total de 100 mil vítimas fatais da doença.

As 200 mil mortes foram registradas em setembro de 2020 e as 300 mil em dezembro. Em seguida houve uma aceleração, e em apenas um mês o número cresceu para 400 mil, em janeiro, chegando nesta segunda-feira aos 500 mil.

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