BRASÍLIA— Após o Conselho Nacional dos Secretários estaduais de Saúde (Conass) divulgar nota defendendo medidas de restrição a nível nacional, o Ministério da Saúde divulgou nota afirmando que estados e municípios "têm autonomia" para definir suas próprias medidas.
Em nota, a pasta afirmou ainda que rrecomenda o uso de máscaras e que os brasileiros evitem aglomerações. A pasta disse ainda que orienta "manter o distanciamento social para reduzir a velocidade da transmissão do vírus".
Brasil: Ocupação de UTIs Covid supera 80% em mais da metade dos estados brasileiros
Nesta segunda-feira, os secretários defenderam que haja um toque de recolher a nível nacional das 20 às 6h, além do fechamento de praias, bares e escolas. De acordo com os gestores, as medidas são fundamentais para conter avanço da Covid-19. Eles afirmaram ainda que no caso de regiões com mais de 85% de ocupação nos leitos, a recomendação é adoção de lockdown.
Podcast ao ponto: Por que secretários de Saúde defendem o lockdown?
O GLOBO questionou o Ministério da Saúde sobre o comunicado dos secretários e perguntou se a pasta pretende adotar as recomendações, mas a pasta afirmou que cada região pode tomar a decisão de acordo com seu contexto:
"Cabe reforçar, ainda, que estados e municípios têm autonomia para definir a organização local de acordo com a necessidade e situação epidemiológica de cada região."
Covid-19: Brasil registra novo recorde de média móvel de mortes, com 1.208
A pasta afirmou ainda que recomenda medidas de etiqueta respiratória, como ao tossir ou espirrar cobrir nariz e boca com lenço ou braço e não com as mãos. O ministério recomendou ainda a higienização de itens pessoais, evitar abraços, entre outras medidas.
"O Ministério da Saúde preconiza, desde o início da pandemia, o uso contínuo de máscaras, bem como evitar aglomeração, distância de pelo menos 1 metro, etiqueta respiratória e higienização das mãos como medidas não farmacológicas para o combate à pandemia", diz o ministério.
No comunicado dos secretários, as autoridades estaduais se queixam da falta de uma liderança nacional para estabelecer diretrizes de combate à doença em todo país. Diante disso, os gestores propõem que o Congresso emita lei que possa estabelecer restrições a nível nacional.