Por G1 SE


Reunião do governo com o Comitê Técnico-Científico e de Atividades Especiais (Ctcae) — Foto: Reprodução/TV Sergipe

O governador de Sergipe, Belivaldo Chagas, disse nesta quinta-feira (25), que não descarta o toque de recolher no estado, como medida para conter o avanço do novo coronavírus. A afirmação aconteceu após uma reunião com o Comitê Técnico-Científico e de Atividades Especiais (Ctcae), para avaliar o cenário epidemiológico de Sergipe nos últimos dias.

“ Não está descartado, mas ainda estamos num percentual de segurança em relação a ocupação dos nossos leitos. Mas este ano, por exemplo, tivemos uma diminuição da ocupação de leitos, onde chegamos a 317 leitos ocupados. Voltamos agora para 386. Se daqui a oito dias nós tivermos um crescimento desse número, indiscutivelmente poderemos estar decretando o toque de recolher”, disse Belivaldo.

Segundo ele, por enquanto não haverá alteração nas medidas de flexibilização já adotadas. No entanto, será ampliada a testagem dos municípios próximos à divisa com o estado da Bahia, em virtude das novas variantes que estão circulando. Ficou definido ainda, que os municípios que fazem divisa vão instalar barreiras sanitárias.

“Nós não vamos fechar barreiras. Não há razão para fechar barreiras e impedir o direito de ir e vir. Agora, é prudente que os municípios coloquem barreiras sanitárias para abordar as pessoas que estejam transitando da Bahia para cá. A cepa que apareceu na Bahia, também apareceu aqui e a gente tem que ter essa preocupação”, explicou.

Sobre a vacinação, Belivaldo disse que ela será destinada para idosos de 80 a 89 anos. Porém, para ser realizada a distribuição será necessário um levantamento das doses que os municípios possuem em estoque. O estado totaliza o recebimento de 125.460 mil vacinas, sendo 80.960 da CoronaVac e 44.500 da Oxford.

Belivaldo também comentou ainda a decisão do Supremo Tribunal Federal em que estados e municípios poderão comprar vacinas contra à Covid-19. “A gente precisava de um caminho legal para isso acontecer. Ao que parece, o caminho legal já existe. O que vai haver agora é a continuidade dessas tratativas. Mas é importante entender uma coisa, o que consta no plano de imunização é o seguinte: se o estado de Sergipe vier a adquirir uma quantidade x de vacinas ele tem que entregar, obrigatoriamente, essas vacinas ao governo federal para que ele distribua para os estados”.

Ainda de acordo com ele, caso exista a possibilidade de compra, o estado vai fazer o investimento. “ Se a gente tiver um laboratório em que haja essa possibilidade de compra, que a gente venha a comprar, nós não vamos receber essas vacinas daqui a 30, a 60 dias não. Vai demorar muito mais do que isso. Não há um estoque de vacinas no mundo. Esses laboratórios firmaram contratos e, infelizmente, por falta de planejamento, o Brasil perdeu o time, e todos nós estamos sofrendo por isso. Quando tiver a vacina pra comprar, nós vamos comprar. Não abrirei mão disso, até mesmo porque a União está dizendo que o estado que comprar vai ter o ressarcimento desse recurso financeiro”.

O governador afirmou que uma nova reunião deve ser realizada em oito dias, para fechar uma avaliação sobre o impacto do período do carnaval no aumento de casos de internação nas UTIs e as quedas nas testagens. Essa reunião deve definir a necessidade ou não da aplicação do toque de recolher.

Desde o início da pandemia, o estado registrou 149.077 casos confirmados e 2.930 mortes causadas pelo novo coronavírus. Até o momento, 138.751 pacientes foram curados.

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