Conheça a rotina matinal de artistas famosos, de Andy Warhol a Miró

A rotina diária de Salvador Dalí apresentava uma dose considerável de amor-próprio. “Todas as manhãs ao despertar”, escreveu ele em 1953, “sinto um prazer supremo: o de ser Salvador Dalí, e me pergunto que coisa prodigiosa ele fará hoje.” O surrealista não era o único artista com ritual ao despertar.

Os três exemplos abaixo são extraídos do livro Rituais Diários: Como os Artistas Funcionam (Amazon), no qual Mason Currey detalha as rotinas diárias de 161 grandes mentes.

Joan Miró (1893-1983) levava a sério o trabalho, que ele via como método para manter a depressão sob controle. Acordava às 6h, tomava banho, um café da manhã leve e então sentava-se diante do cavalete. Miró pintava das 7h ao meio-dia, e depois praticava exercícios por uma hora: pular corda e ginástica sueca estavam entre as atividades que mais gostava.

Andy Warhol (1928–1987), de 1976 até sua morte em 87, telefonava todas as manhãs para a escritora Pat Hackett, sua amiga e colaboradora, e relatava os acontecimentos das últimas 24 horas — onde tinha ido, o que tinha feito, quem tinha visto e registros de despesas. As conversas duravam até duas horas e, com o passar do tempo, transformaram-se num diário. Warhol depois descia e tomava café com os empregados.

Balthazar Klossowski (1908-2001), mais conhecido como Balthus, resistiu às tendências da vanguarda do meio do século 20, concentrando-se em paisagens tradicionais, naturezas-mortas e retratos. Em seus últimos anos, morou em um enorme chalé suíço com gatos e a segunda mulher. Ele tomava café da manhã por volta das 9h30, lia a correspondência, e depois examinava a qualidade da luz do sol para decidir se pintaria ou não naquele dia. Caso sim, fazia uma oração e meditava por horas diante de uma tela inacabada. Curiosidade: o pintor francês, certa vez, enviou um telegrama para um jornalista que procurava por informações ao seu respeito: “Nenhum detalhe biográfico. Comece: Balthus é um pintor de quem nada é conhecido. Atenciosamente, B.”

Conheça outras rotinas matinais e, quem sabe, não servem de inspiração para um sábado.

E por falar… Chamamos de ritmo circadiano este do acordar e dormir, além dos hábitos que os cercam. Endel é um algoritmo que usa inteligência artificial para criar sons e músicas que se encaixem no seu ritmo circadiano. Já foi lançado para iPhone, está disponível como beta para Android e funciona como skill para a Alexa, assistente digital da Amazon. Desenvolvido por uma startup alemã, ele oferece ainda quatro modos diferentes: Relaxamento, Foco, Movimento e Dormir. Funciona recolhendo dados da sua localização, do clima naquele momento, horário do dia, seus movimentos e até mesmo batimentos cardíacos para criar um som personalizado ao qual você possa se entregar fácil, fácil.

Daí que… Endel se tornou o primeiro algoritmo a fechar contrato com uma grande gravadora. No caso a Warner Music, que usou o software para produzir 20 discos de som ambiente, para serem distribuídos nas diferentes plataformas de streaming. Os cinco da série Sono já estão disponíveis no Spotify: Clear Night, Cloudy Afternoon, Cloudy Night, Foggy Morning e Rainy Night. Quatro dos discos estão também no Youtube.

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A rede social perfeita para democracias

24/04/24 • 11:00

Em seu café da manhã com jornalistas, na terça-feira desta semana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sugeriu que a extrema direita nasceu, no Brasil, em 2013. Ele vê nas Jornadas de Junho daquele ano a explosão do caos em que o país foi mergulhado a partir dali. Mais de dez anos passados, Lula ainda não compreendeu que não era o bolsonarismo que estava nas ruas brasileiras naquele momento. E, no entanto, seu diagnóstico não está de todo errado. Porque algo aconteceu, sim, em 2013. O que aconteceu está diretamente ligado ao caos em que o Brasil mergulhou e explica muito do desacerto político que vivemos não só em Brasília mas em toda a sociedade. Em 2013, Twitter e Facebook instalaram algoritmos para determinar o que vemos ao entrar nas duas redes sociais.

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