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'Nossa arma é a vacina': Flávio Bolsonaro pede para seguidores divulgarem foto de seu pai com texto em defesa da vacinação

Gabriel de Paiva

Filipe Vidon e Marlen Couto

Pouco tempo após o  fim do discurso do ex-presidente Lula, em que ele criticou o comportamento do presidente Jair Bolsonaro no enfrentamento da pandemia de Covid-19, o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) fez um pedido aos seus seguidores em uma lista de transmissão do aplicativo de mensagens Telegram: viralizar uma foto de Bolsonaro com o texto “nossa arma é a vacina”.

Flávio pede para seguidores viralizarem imagem de Jair Bolsonaro defendendo a vacina

 O filho 01 do presidente também postou a imagem no Twitter, onde afirmou que “nos próximos dois meses vacinaremos dezenas de milhões de brasileiros”. O ex-presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia (DEM-RJ) cutucou o senador e criticou a mudança de postura do governo após meses defendendo o uso de medicações sem eficácia contra o coronavírus. “Sentiu”, ironizou Maia.

Durante discurso no Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, o ex-presidente marcou posição contra Jair Bolsonaro na questão da pandemia ao defender a vacina e criticar os negacionistas do coronavírus. Lula defendeu o uso de máscaras, o distanciamento social e fez campanha pela vacinação em massa. Já o atual presidente insiste em um discurso contra medidas restritivas e fez campanha, até então, para desacreditar as vacinas. 

Apesar do histórico, parece haver uma tentativa de alterar os rumos desta narrativa adotada durante o primeiro ano de pandemia. Na cerimônia no Palácio do Planalto hoje para sancionar a lei que deve acelerar a compra de vacinas, todo o primeiro escalão do governo e o presidente estavam de máscara. 

Segundo informou o colunista Lauro Jardim, Bolsonaro está sendo aconselhado por ministros próximos a aproveitar a nova cepa mais contagiosa do vírus para mudar o discurso sobre vacinas e a campanha nacional de imunização. 

Há menos de uma semana, Bolsonaro afirmou que é preciso parar de "frescura" e "mimimi" com a pandemia de Covid-19 e questionou até quando as pessoas ficarão "chorando". Para Bolsonaro, é preciso "enfrentar nossos problemas".

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