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'Pô, ultrapassou o limite do bom senso', diz Mourão sobre número de mortos por Covid-19

Vice-presidente afirmou que é preciso 'tentar de todas as formas diminuir a quantidade de gente contaminada'
O vice-presidente Hamilton Mourão, ao chegar no Palácio do Planalto Foto: Daniel Gullino/Agência O Globo
O vice-presidente Hamilton Mourão, ao chegar no Palácio do Planalto Foto: Daniel Gullino/Agência O Globo

BRASÍLIA — Após o Brasil ultrapassar a marca de 300 mil mortes causadas pela Covid-19, o vice-presidente Hamilton Mourão afirmou nesta quinta-feira que o número de óbitos causados pela doença no país "já ultrapassou o limite do bom senso". Para Mourão, é preciso "tentar de todas as formas diminuir a quantidade de gente contaminada".

— Agora vamos enfrentar o que está aí e tentar de todas as formas diminuir a quantidade de gente contaminada e, obviamente, o número de óbitos que, pô, já ultrapassou o limite do bom senso — afirmou o vice-presidente, ao chegar no Palácio de Planalto.

A declaração foi feita enquanto Mourão comentava os desafios que o novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, terá no comando da pasta. Ele citou o aumento de leitos e a aceleração da campanha de vacinação.

O vice-presidente também comentou a decisão de criar um comitê com membros do Executivo e do Legislativo para coordenar o combate à pandemia. Para Mourão, foi correta a decisão de delegar ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), o diálogo com estados.

— A outra decisão na área política estratégica é a criação desse comitê que sinaliza, vamos dizer, um trabalho conjunto de todas as instituições que têm responsabilidade por debelar essa pandemia. O presidente do Senado ficou encarregado da coordenação com os governadores. Na minha visão, o Senado como representa a federação está bem colocado isso ai.

Mourão disse ser contrário à ideia de um "lockdown" nacional e disse que eventuais medidas restritivas devem ser decididas por governadores e prefeitos.

— Não vejo condições de lockdown nacional, que é algo que está sendo discutido. Um país desigual como o nosso isso é impossível de ser implementado. Vai ficar só no papel. Eu julgo que essas medidas restritivas têm que ficar a cargo dos governadores e prefeitos, porque cada um sabe como que está a situação na sua área.