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A base de Bolsonaro

Vaga no Planalto não trava insatisfação, e Centrão quer mais

Por Thiago Prado
Presidente da Câmara, Arthur Lira, após reunião do comitê de enfrentamento da Covid-19 do governo federal
Terminada a reforma ministerial do início do ano três de Jair Bolsonaro, a fome do Centrão por posições relevantes no governo federal segue insaciável. Se Arthur Lira (PP-AL) tem agora uma aliada fiel dentro do Palácio do Planalto — a deputada federal Flávia Arruda, nomeada ministra da secretaria de Governo — está tendo que lidar com mais uma questão: há deputados que o ajudaram a chegar ao comando da Câmara incomodados porque os espaços prometidos ainda não chegaram.
O PL de Valdemar Costa Neto era um exemplo da insatisfação, mas o jogo virou em dias. Além de Flávia Arruda, Valdemar emplacou na semana passada, discretamente, o número um da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), estatal até então nas mãos do Republicanos, partido recém-empossado no Ministério da Cidadania com o deputado João Roma. O PL agora está presente em diretorias do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e em secretarias do Ministério da Saúde e do Turismo, além de ter o comando do Banco do Nordeste.
Desta vez, a fonte da frustração está dentro do próprio PP de Lira. A deputada Celina Leão (DF) era tida entre os parlamentares do partido como o nome que o presidente da Câmara escolheria para o ministério que estará nas mãos de Flávia Arruda. E o deputado Dr. Luizinho (PP-RJ), por mais que negue, esperava, sim, ser ministro da Saúde no lugar do general Eduardo Pazuello.
O próprio Lira continua insatisfeito com a equipe ministerial que permanece na Esplanada. A novela do Orçamento nos próximos dias mostrará se ele vencerá a queda de braço com Paulo Guedes na Economia. E o deputado permanece criticando, a quem lhe pergunta, os ministros Bento Albuquerque, de Minas e Energia, e Milton Ribeiro, da Educação. Ricardo Salles, do Meio Ambiente, saiu um pouco do foco na última semana.

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