Publicidade

CPI da Covid

Governo teme estilo ‘estourado’ e ‘encrenqueiro’ de Wajngarten em depoimento da CPI da Covid

Fábio Wajngarten, titular da Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom)

O depoimento do ex-secretário de Comunicação da Presidência Fabio Wajngarten na CPI da Covid é um dos focos de maior preocupação no Palácio do Planalto. Descrito como “estourado” e “encrenqueiro” por auxiliares de Bolsonaro, eles avaliam que o ex-chefe da Secom não fará preparação alguma para participar na sessão. Além de tudo, acreditam que Wajngarten cairá facilmente em provocações da oposição e que vai complicar ainda mais o governo Bolsonaro.

Nesta quinta-feira, os senadores que integram a base do presidente conseguiram adiar a votação do requerimento que pede a convocação de Wajngarten. A previsão é que ele fale na CPI no dia 10 de maio.

Auxiliares de Bolsonaro afirmam que a situação será ainda mais preocupante se for marcada uma acareação entre Wajngarten e o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, como defendeu o relator da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP). 

Os dois se tornaram inimigos quando ainda estavam em Brasília. O então Secom culpava o general pelo atraso na vacinação e Pazuello reclamava que ele estava “se metendo” em assuntos da Saúde, ao intermediar contatos da Pfizer com o governo. Em entrevista à revista “Veja”, o ex-secretário culpou a equipe comandada por Pazuello pela “incompetência” e “ineficiência” na compra de imunizantes contra a Covid-19.

O depoimento de Pazuello é outro foco de preocupação do Palácio. Para integrantes do governo, a acareação tem que “ser evitada a qualquer custo” pela tropa de choque de Bolsonaro da CPI. 




Leia também