Blog do Camarotti

Por Gerson Camarotti

Comentarista político da GloboNews, do Bom Dia Brasil, na TV Globo, e apresentador do GloboNews Política. É colunista do G1 desde 2012

Por Marcela Mattos, Paloma Rodrigues e Sara Resende, G1 e TV Globo


Na véspera do depoimento de Fabio Wajngarten à CPI da Covid, senadores independentes e de oposição alardeiam a possibilidade da apresentação nesta semana de requerimentos para pedir a quebra de sigilo bancário do ex-secretário de Comunicação do governo e de integrantes do chamado "gabinete do ódio", que operaria a partir do Palácio do Planalto.

Segundo informou o blog de Ana Flor, o assunto foi debatido numa reunião do comando da CPI na noite da última quinta-feira (6).

Exonerado em março, pouco menos de dois anos depois de ter sido nomeado pelo presidente Jair Bolsonaro, Wajngarten falará à CPI nesta quarta-feira (12). O depoimento é cercado de expectativa e motivo de apreensão para os governistas, conforme informou o Blog.

Wajngarten foi convocado após ter dito, em entrevista à revista "Veja", que “incompetência” do Ministério da Saúde atrasou a aquisição de vacinas pelo governo, em especial as da farmacêutica Pfizer.

Camarotti: 'Grande expectativa pelo depoimento de Fabio Wajngarten'

Camarotti: 'Grande expectativa pelo depoimento de Fabio Wajngarten'

Três senadores disseram ao G1 nesta terça-feira (11) que o objetivo é alcançar Wajngarten e assessores da área de comunicação, mas também chegar ao “gabinete do ódio”, grupo conhecido por difamar adversários do governo e difundir conteúdo falso em redes sociais.

A proposta é que a CPI vote requerimentos com essa finalidade ainda nesta semana. Com a quebra de sigilo, os parlamentares querem saber se houve financiamento para a propagação de fake news sobre a Covid-19, como a divulgação de tratamentos cuja ineficácia é cientificamente comprovada.

No depoimento desta quarta, senadores também pretendem questionar o ex-secretário sobre contratos de campanhas de comunicação e publicidade envolvendo a pandemia do novo coronavírus.

A apuração sobre a comunicação oficial do governo foi incluída no plano de trabalho da comissão apresentado pelo relator Renan Calheiros (MDB-AL).

De acordo com um dos articuladores da iniciativa, os requerimentos que pedirão a quebra de sigilo estão na fase final de elaboração.

Outro senador afirma que, antes da apresentação dos requerimentos, a intenção é esperar para ver o “grau de colaboração” de Wajngarten durante a reunião da CPI.

A ideia é principalmente verificar quais foram os beneficiados da verba de publicidade destinadas às campanhas da Covid-19.

“Queremos que o depoente colabore ao máximo. A gente precisa saber quais eram as empresas com que ele tinha contrato. Depois, a gente quebra o sigilo do Fábio e dessas empresas”, afirmou outro membro da CPI.

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