Brasil Meio Ambiente

Bolsonaro elogia Salles um dia após operação da PF: 'Excepcional ministro'

Ricardo Salles é investigado por suposta participação em esquema de favorecimento ao contrabando de madeira na Amazônia
O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, discursa ao lado do presidente Jair Bolsonaro Foto: EVARISTO SA / AFP
O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, discursa ao lado do presidente Jair Bolsonaro Foto: EVARISTO SA / AFP

BRASÍLIA — Um dia após a deflagração de operação da Polícia Federal (PF) que revelou um suposto esquema de facilitação de contrabando de madeira, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, é um "excepcional ministro".

Salles foi alvo de mandados de busca e apreensão pelos agentes da PF por seu possível envolvimento no esquema. Além dele, o presidente do Ibama, Eduardo Bim, foi afastado do cargo e outros servidores são investigados.

Ministro fala: Para Salles, operação da Polícia Federal foi 'exagerada' e 'desnecessária'

Ao falar da crise hídrica no Brasil, com ameaça de possível racionamento no país, o presidente lamentou o que classifica como "dificuldades na área ambiental".

— O ministro Ricardo Salles, (é) um excepcional ministro. Mas ele tem dificuldades junto a setores aparelhados do MP. Os xiitas ambientais. E as dificuldades são enormes. Não é apenas a Tereza Cristina a responsável por ajudar o campo a produzir mais. É o Ricardo Salles também. É o governo federal também — afirmou.

Após a operação da Polícia Federal, Salles se reuniu com Bolsonaro e com o ministro da Justiça, Anderson Torres, no Palácio do Planalto.

Operação: PF apontou participação de Salles em 'esquema de facilitação ao contrabando de produtos florestais'

Antes, conforme noticiou a colunista Bela Megale, Salles foi até a superintendência da Polícia Federal em busca de mais informações sobre a investigação. O ministro, acompanhado por um advogado, ouviu que só o Supremo Tribunal Federal (STF) poderia lhe conceder acesso aos autos.

A operação, batizada de Akuanduba (divindade de indígenas do Pará), foi deflagrada por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do STF.