Saúde Vacina

Ministério da Saúde faz nova atualização e redução de doses em junho passa para 8,4 milhões

A redução é justificada devido ao atraso na produção pela Fundação Oswaldo Cruz; Pfizer vai entregar nesta quarta-feira quinta remessa de imunizantes ao Brasil
Vacina Astrazeneca/Oxford é produzida pela Fiocruz Foto: Rodolfo Buhrer / Fotoarena/Agência O Globo
Vacina Astrazeneca/Oxford é produzida pela Fiocruz Foto: Rodolfo Buhrer / Fotoarena/Agência O Globo

BRASÍLIA —  Em uma nova atualização na projeção para distribuição da vacina contra Covid-19, o Ministério da Saúde passou a informar um total de 43,8 milhões  de doses para o mês de  junho. Antes das 13h, o número publicado no site do ministério  era de 39, 7 milhões ante os 52 milhões do cronograma anterior, o que representaria uma redução de 12,5 milhões.

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O secretário-executivo, Rodrigo Cruz, informou em audiência na Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara que  a mudança ocorre devido ao atraso na produção pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) da vacina AstraZeneca.

—  Houve uma redução na previsão e estimativa da Fiocruz. Quando tivemos confirmação de que não seria possível a produção, reduzimos nosso cronograma — disse o secretário-executivo.

Inicialmente, Rodrigo Cruz divulgou um total de 41,9 milhões de doses. O novo cronograma passou a incluir 4,8 milhões de imunizantes do consórcio Covax Facility que foram citados pelo secretário-executivo, mas não estavam contabilizados.

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Na audiência, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga informou que o acordo para que a  Fiocruz produza o Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) no Brasil está previsto para  ser assinado no dia 1° de junho, em solenidade  com a presença do presidente Jair Bolsonaro.

Queiroga  reforçou a importância de avançar em tratativas de transferência tecnológica que permitam que as vacinas sejam produzidas no país. Também ressaltou que estão sendo realizadas negociações para antecipação de doses. Mas ele não acredita, por exemplo, que os EUA vão doar imunizantes.

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—  Sendo pragmático, os Estados Unidos não vão doar doses de vacina para o Brasil. Até porque o Brasil comprou essas doses das indústrias americanas. O que nós queremos, e o nosso esforço e para antecipar essas doses  — disse o ministro.

Em nota, a Fiocruz afirmou que entregou, até a última sexta-feira (21), 41,1 milhões de doses da vacina Covid-19 ao Ministério da Saúde. Destas, 37,1 foram processadas internamente com base no IFA importado e 4 milhões vieram prontas da Índia.

O instituto tem, segundo o comunicado, cerca de 13 milhões de doses em diferentes estágios de controle de qualidade, além de 12 milhões que passam por um processamento final: "Esses quantitativos sustentam entregas semanais até o dia 3 de julho. Ou seja, com os quantitativos atuais nas duas etapas (processamento final e controle de qualidade), a Fiocruz totalizará a entrega de cerca de 20 milhões de doses em maio e terá outras 18,5 milhões, aproximadamente, a serem entregues em junho", explica.

A Fiocruz aguarda a confirmação dos próximos embarques do IFA para atualizar o cronograma a partir daí: "Caso a próxima remessa chegue ainda no início de junho, será possível aumentar a produção ainda no mesmo mês".

Pfizer vai entregar quinto lote de vacinas

A Pfizer vai entregar ao Ministério da Saúde, nesta quarta-feira, o quinto lote da vacina contra a Covid-19 desenvolvida em parceria com a BioNTech. Segundo a empresa, a previsão é que a nova remessa de 629.460 doses do imunizante chegue às 18h55 ao aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP).

Com a nova entrega, somada às anteriores, o Brasil contabilizará mais de 3,4 milhões de doses da vacina, informa a Pfizer. As doses fazem parte do acordo firmado em março para disponibilização de 100 milhões de imunizantes ao país até o fim do terceiro trimestre deste ano. Em maio, o Ministério da Saúde firmou um novo acordo para 100 milhões de doses adicionais.

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"A primeira entrega foi em 29/4 com 1 milhão de doses, a segunda em 5/5 com 628.290, a terceira no dia 12/5 também com 628.290 doses e a quarta em 19/5 com 629.460 doses. As vacinas que estão sendo enviadas para o Brasil podem vir das fábricas de Püurs, na Bélgica, ou Kalamazoo, nos Estados Unidos", informa a Pfizer, em comunicado.