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Por G1


Donald Trump foi presidente dos EUA entre 2017 e 2021 — Foto: Carlos Barria/Reuters/Arquivo

O Facebook informou nesta sexta-feira (4) que a suspensão do perfil do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, será mantida até janeiro de 2023. A decisão foi tomada em resposta ao Comitê de Supervisão da rede social, que, em maio, pediu uma decisão definitiva sobre o caso.

O período de dois anos conta a partir de 7 de janeiro, quando Trump foi impedido de publicar em suas contas no Facebook e no Instagram. A medida aconteceu um dia após a invasão do Congresso americano por apoiadores do então presidente.

O Facebook também apresentou novas regras que podem ampliar a remoção de posts de políticos e outras figuras públicas. Até então, a plataforma considerava as falas de políticos, por exemplo, como de interesse público por si só, sem considerar os danos que as postagens poderiam causar.

Em comunicado sobre a punição de dois anos a Trump, o Facebook apresentou novos protocolos a serem seguidos em casos parecidos. A companhia passou a prever suspensões que variam de um mês a dois anos para figuras públicas que violarem regras.

"Dada a gravidade das circunstâncias que levaram à suspensão do Sr. Trump, acreditamos que suas ações constituíram uma violação grave de nossas regras que merecem a maior penalidade disponível nos novos protocolos de aplicação", afirmou o Facebook.

Facebook segue Comitê de Supervisão

O Comitê de Supervisão, grupo independente que analisa decisões de moderação do Facebook, afirmou em maio que a suspensão de Trump sem prazo definido não era uma medida apropriada. O conselho orientou a plataforma a revisar suas políticas para indicar de maneira clara como vai proceder em casos como este.

Pensando nisso, o Facebook apresentou seus novos protocolos para figuras públicas em casos de agitação civil e violência. Além das suspensões de até dois anos, a rede social estabeleceu que a reincidência poderá levar a punições ainda maiores, incluindo a remoção permanente da conta.

Em janeiro, quando as contas foram suspensas, o presidente-executivo do Facebook, Mark Zuckerberg, afirmou que os riscos de permitir que Trump continuasse nas redes sociais eram muito grandes.

Mark Zuckerberg, presidente-executivo do Facebook — Foto: Reprodução

Agora, a empresa afirmou que, no fim do prazo da suspensão, vai analisar se os riscos à segurança pública foram reduzidos.

"Se determinarmos que ainda existe um risco sério para a segurança pública, estenderemos a restrição por um determinado período de tempo e continuaremos a reavaliar até que o risco diminua", explicou a companhia.

Quando as contas de Trump forem liberadas, elas ficarão sujeitas a punições ainda maiores em caso de novas violações.

O Facebook afirmou que, em janeiro, não tinha protocolos adequados para responder a casos como o do ex-presidente americano. "Agora que os temos, esperamos que sejam aplicáveis apenas nas mais raras circunstâncias", disse a empresa.

Suspenso no YouTube e Twitter

No início de janeiro, Trump também foi suspenso de outras redes sociais, como o Youtube e Twitter, também por causa de atos de violência de seus apoiadores no Capitólio.

Já o Twitter tirou a conta de Trump do ar permanentemente. "Após uma análise cuidadosa dos tuítes recentes do @realDonaldTrump e do contexto em torno deles, suspendemos permanentemente a conta devido ao risco de mais incitação à violência", disse a empresa no início do ano.

Facebook, Instagram, YouTube: Trump é bloqueado pelas redes sociais

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