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Jaques Wagner: PT não pode esperar ‘a vida inteira’ para expor Haddad

Ex-governador da Bahia, que já foi considerado possível 'plano B' petista, admitiu que partido tem 'estratégia de substituição'

Por Da Redação
Atualizado em 14 ago 2018, 15h13 - Publicado em 14 ago 2018, 12h06

O ex-governador da Bahia Jaques Wagner admitiu nesta segunda-feira 13 que o PT tem uma “estratégia de substituição” do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na disputa pelo Palácio do Planalto. Wagner disse que o partido não pode esperar “a vida inteira” para expor o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, candidato a vice na chapa petista, e possível substituto de Lula – condenado na Lava Jato e preso.

“Acho impossível sombrear a candidatura do Lula. Acho uma bobagem quem está falando que expor Haddad é problema. Ao contrário, se temos uma estratégia de substituição, nós não vamos ter a vida inteira para expor o Haddad”, afirmou Wagner ao registrar, no Tribunal Regional Eleitoral da Bahia, em Salvador, sua candidatura ao Senado na chapa à reeleição do governador Rui Costa (PT).

Wagner também era apontado como um potencial “plano B” para substituir Lula na disputa presidencial.

Escalado como “representante” do ex-presidente até a solução do imbróglio jurídico, Fernando Haddad enfrenta resistências dentro do partido à sua exposição enquanto nome da candidatura petista. Parte das lideranças do PT receia que, se o ex-prefeito for percebido como candidato, vai perder força o discurso da postulação de Lula.

Por outro lado, há o temor, como manifestado por Wagner, de que a candidatura petista fique fora da percepção da população e Haddad acabe chegando tarde demais caso o ex-presidente seja barrado pela Justiça Eleitoral. Depois do debate transmitido pela Band  na última quinta (9), quando a ausência de Lula praticamente não foi citada, a segunda tese ganhou força. O PT já prepara uma agenda de viagens de Haddad pelo Brasil para ampliar sua visibilidade. A ideia é começar por estados do Nordeste, onde o PT tem forte presença.

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O partido também negocia com a RedeTV! a possibilidade de Haddad substituir Lula no debate dos presidenciáveis que a emissora vai promover nesta sexta, 17. “Está sendo feita com a Rede TV! uma discussão sobre a presença do Lula ou de um representante, que seria eu”, disse o ex-prefeito de São Paulo.

Fotos

Na segunda 13, Haddad e Manuela d’Ávila (PCdoB) participaram de uma sessão conjunta de fotos em São Paulo. Em uma rede social, Manuela postou uma imagem em que aparece sendo maquiada e a frase: “preparando para a foto oficial”. Pessoas que acompanharam a produção disseram que foram feitas fotos dos dois sozinhos e também juntos.

Assessores de Haddad e Manuela divergiram sobre o objetivo das imagens. Segundo pessoas próximas da deputada gaúcha, elas são material de campanha. A equipe do ex-prefeito disse que a foto vai ser usada no registro da candidatura, na quarta-feira, 15.

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A legislação eleitoral obriga os candidatos a fornecerem fotos que serão usadas nas urnas eletrônicas no ato do registro. No entanto, não há nenhuma previsão de obrigação de imagens em conjunto, até porque, segundo o discurso oficial do PT, Haddad e Manuela não disputarão juntos – o ex-prefeito foi escolhido como vice, mas daria lugar à deputada na chapa do ex-presidente até a eleição.

Em sabatina do projeto “O Brasil visto de baixo”, na Casa do Baixo Augusta, região central de São Paulo, na segunda, Haddad voltou a negar que é candidato a substituto de Lula. “Espero que no dia 7 de outubro tenha uma chapa em que eu não tenha que figurar”, disse.

Pouco depois, ao falar sobre os cenários eleitorais, o ex-prefeito mostrou otimismo. “No segundo turno você pode ter certeza que o PT vai estar”, afirmou.

(Com Estadão Conteúdo)

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