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Formalmente, Caboclo sai por 30 dias. Na prática, a chance de retornar ao comando da CBF é quase nula

Rogerio Caboclo e Jair Bolsonaro

Oficial e formalmente Rogério Caboclo foi afastado por 30 dias da presidência da CBF, numa decisão tomada hoje pelo comitê de ética. O motivo já é publico desde anteontem: ele tem que se defender de uma acusação de assédio sexual feito por uma funcionária da CBF.

Mas a realidade é que são praticamente nulas as chances de Caboclo voltar a comandar a CBF. 

Seu substituto será o coronel Nunes, ligado a Marco Polo Del Nero, o ex-presidente da CBF e banido mas nem tanto do futebol. Marco Polo ainda manda muito na entidade.

Tanto ele quanto os outros cartolas querem afastar-ser dos problemas que Caboclo criou não só para si como para os cofres da CBF — desde sexta-feira, os patrocinadores das seleção pedem uma resposta ao mar de lama que envolve a entidade.

A situação de Caboclo só vai se deteriorar daqui para frente. Nem sua estratégia de se agarrar a Jair Bolsonaro terá forças para virar o jogo.

Em breve, a gravação de sua tentativa de assédio à sua secretária aparecerá ao vivo e a cores. Os vice-presidentes da CBF e os presidentes das federações estaduais não estão dispostos a morrer no fundo do mar agarrados a Caboclo. Por uma questão básica de sobreviência, querem que Caboclo fique sozinho no fundo do mar. 

A propósito, o presidente do comitê de ética da CBF, o advogado e desembargador Carlos Renato Ferreira foi nomeado em 2017 por Marco Polo Del Nero — aliás, o próprio comitê de ética foi uma criação de Marco Polo, uma espécie de contradição em termos. A interlocutores, Marco Polo tem repetido desde sexta-feira:

— Está tudo sob controle.

Ou, dito de outra forma, está tudo dominado.

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