Economia

G7 apoia taxa mínima global para multinacionais e buscará acordo final na reunião do G20 em julho

Imposto de 15%, que tem as 'big techs' como Google e Facebook entre principais alvos, recebeu declarações de apoio até do presidente americano Joe Biden
O presidente americano Joe Biden e o premier britânico Boris Johson entre outros líderes no encontro do G7 Foto: LEON NEAL / AFP
O presidente americano Joe Biden e o premier britânico Boris Johson entre outros líderes no encontro do G7 Foto: LEON NEAL / AFP

CARRIS BAY, Reino Unido - Em seu comunicado final, os líderes do G7 apoiaram a proposta dos ministros de Finanças do bloco de criar um imposto mínimo global de 15% para as multinacionais, em  especial as gigantes de tecnologia americanas como Google, Facebook, Apple e Amazon, e prometeram aprofundar o debate sobre a medida.

"Precisamos de um sistema tributário que seja justo em todo o mundo. Apoiamos o compromisso histórico assumido pelo G7 em 5 de junho", diz o comunicado.

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"Vamos agora continuar a discussão para chegar a um consenso sobre um acordo global visando a uma solução equitativa na atribuição de (...) um ambicioso imposto mínimo de pelo menos 15% em uma base país a país, por meio do quadro de inclusão do G20 e da OCDE.  E esperamos chegar a um acordo na reunião de julho do G20", acrescentou. o bloco.

O próprio presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, demonstrou apoiar a medida.

— Empresas demais têm recorrido a paraísos fiscais — afirmou Biden à Reuters. — Um imposto mínimo vai nivelar a competição. Vou avançar nesse tema nos EUA.

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Para o G7, os ministros de Finanças, na reunião preparatória, deram "um passo significativo para criar um sistema tributário mais justo para o século XXI".

"Nossa colaboração criará um campo de jogo mais forte e nivelado, que ajudará a aumentar a receita tributária para apoiar os investimentos e acabar com a evasão fiscal", afirmou a nota.

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