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Por José Benedito da Silva
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Adriana Ferraz. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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O dilema do MBL e Vem pra Rua em relação aos protestos contra Bolsonaro

Decisivos durante o impeachment de Dilma, líderes dos grupos acham justo pedir o afastamento do presidente, mas fazem ressalvas a atos de rua na pandemia

Por Caíque Alencar Atualizado em 29 jun 2021, 12h07 - Publicado em 29 jun 2021, 12h07

Dois dos principais grupos que levaram milhares de manifestantes às ruas em 2015 e 2016 e foram decisivos no impeachment de Dilma Rousseff, o Movimento Brasil Livre (MBL) e o Vem pra Rua vivem um dilema em relação à participação nos protestos que pedem a saída do presidente Jair Bolsonaro – eles defendem o seu afastamento, torcem para que os atos convocados tenham sucesso, mas hesitam em convocar os seus simpatizantes.

No próximo sábado, 3, a oposição de esquerda pretende promover o seu terceiro dia de manifestações pelo impeachment de Bolsonaro desde o final de maio – o ato, que estava marcado para o dia 24 de julho, foi antecipado por conta do agravamento da crise política em razão das investigações pela CPI da Pandemia da compra da vacina indiana Covaxin, que colocaram o governo Bolsonaro na defensiva.

Tanto o MBL quanto o Vem pra Rua estão ideologicamente mais ligados ao centro político – mais precisamente, à centro-direita –, e a adesão desses grupos daria uma amplitude maior às manifestações, hoje praticamente monopolizadas por partidos como PT e PSOL, sindicatos de trabalhadores e organizações e movimentos de esquerda.

Integrantes do MBL dizem, sob anonimato, que, apesar disso, torcem para que as manifestações da esquerda deem certo — o movimento já foi apoiador de Bolsonaro, mas hoje defende abertamente o impeachment. Enquanto isso, discutem internamente um “processo de convencimento” de seus seguidores para aderir às manifestações e dialogam com outros movimentos fora da esquerda para que eles convoquem seus simpatizantes.

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O deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP), um dos líderes do movimento, no entanto, acha que esse não é o momento de fazer manifestações de rua, em razão da crise sanitária. “Quanto mais colaborarmos para a pandemia, mais longe fica o timing do impeachment”, disse o deputado.

O Vem Pra Rua também apoia os atos contra o presidente, mas adota um tom mais cauteloso para convocar seus simpatizantes. De acordo com Renato Sella, coordenador nacional do grupo, a pauta da manifestação é “mais que justa e necessária”, mas o foco atual deve ser o combate à pandemia. “Se não fosse a pandemia, pode ter certeza que já estaríamos na rua. Torço para que o objetivo, a pauta, tenha sucesso”, afirma Sella, que diz ainda que o Vem Pra Rua não vai fazer convocações, mas também não vai se contrapor a quem for do movimento e decidir participar.

O grupo planeja fazer manifestações somente quando toda a população estiver vacinada contra a Covid-19 e diz que tem mantido canal aberto com os governos estadual e municipal para avaliar quando será o momento mais seguro. “Está nos nossos planos fazer uma manifestação em outubro, mas nada impede que seja antes, desde que a população esteja toda imunizada. Estamos condicionados à velocidade da imunização. Se já pudermos fazer em setembro, vamos fazer”, completa o coordenador do Vem Pra Rua.

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