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CPI da Covid

Pazuello é escalado por Bolsonaro para abastecer tropa governista da CPI sobre Covaxin

Ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello durante depoimento na CPI da Covid, no Senado

Os planos de Eduardo Pazuello de submergir caíram por terra com as denúncias sobre a vacina indiana Covaxin. O ex-ministro da Saúde foi escalado pelo governo Bolsonaro para ajudar na blindagem do presidente. Nesta quinta-feira, Pazuello participou da reunião do ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, com a tropa de choque governista da CPI da Covid, no Palácio do Planalto. Pazuello abasteceu senadores de elementos para rebater as denúncias do deputado Luis Miranda e de seu irmão, Luis Ricardo Miranda, sobre supostas irregularidades na compra da Covaxin.

Na conversa, Pazuello disse diretamente aos parlamentares que recebeu de Bolsonaro as denúncias sobre a vacina indiana. Também disse que apurou os fatos na pasta da Saúde, da qual era chefe na época, e que não encontrou problemas no contrato. O general, porém, não apresentou aos senadores nenhum documento que embasasse sua versão.

Como a coluna informou, na quarta-feira Pazuello foi convocado para uma reunião com Bolsonaro, assim que Luis Miranda e seu irmão concederam entrevistas à imprensa. Ambos relataram ter alertado o presidente sobre as supostas irregularidades. Na conversa que não tem registro na agenda presidencial, Pazuello e Bolsonaro trataram da denúncia da Covaxin.

Os senadores governistas têm minimizado as acusações. Para eles, se o deputado e seu irmão não apresentarem nomes de quem fez a pressão pela importação da vacina ou que lucraria com o negócio, a denúncia vai se esvaziar. Caso tais nomes apareçam, no entanto, senadores da tropa de Bolsonaro admitem que a investigação ganha fôlego e tem grandes chances de ser prorrogada além dos 90 dias de duração.

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