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Pazuello negociou CoronaVac com empresa que nunca havia trabalhado com vacinas, mas está apta a importar produtos eróticos

Eduardo Pazuello em depoimento à CPI da Covid

Eduardo Pazuello ainda como ministro da Saúde negociou a compra de 30 milhões de doses de Coronavac com um intermediário, conforme revelaram os repórteres Constança Rezende e Mateus Vargas.

Se o negócio fosse adiante, o preço da transação seria o triplo do valor que o próprio governo pagou, dois meses antes, para comprar a mesma vacina.

Mais: em vez de negociar com o Butantan, como deveria, o fez com um intermediário sem qualquer tradição em venda de vacinas, a importadora catarinense World Brands.

As bizarrices não param por aí.

Agora, as investigações da CPI da Covid descobriram que a World Brands é daquelas empresas que têm um cadastro de atividades e negócios que englobam a importação de praticamente tudo. Um total de 76 categorias de produtos, com centenas de artigos — embora não necessariamente importe todos eles, está apta a fazê-lo.

A lista é variada: de "itens de sex-shop" a parafusos e lubrificantes (neste caso, lubrificantes de veículos...), passando por ornamentações de Natal, artigos funerários, bijuterias, calçados, óculos, shampoo, brinquedos, jogos eletrônicos, instrumentos musicais, alfinetes, tecidos, móveis, alimentos, material de construção e equipamentos de informática, entre outros.

A relação é muito mais extensa. Mas dela não consta justamente um produto — vacina.

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