Covid-19: Secretaria municipal de Saúde do Rio identifica dois casos da variante Delta na cidade

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Covid-19: Secretaria municipal de Saúde do Rio identifica dois casos da variante Delta na cidade

Profissional de saúde manipula vacina contra a Covid-19
Profissional de saúde manipula vacina contra a Covid-19 Foto: Márcia Foletto
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A Secretaria municipal de Saúde (SMS) do Rio informou, na noite desta quarta-feira, que identificou, após sequenciamento genético, dois casos de síndrome gripal por Covid-19 relacionados à variante Delta na cidade. Os pacientes são dois homens, de 27 e de 30 anos, moradores dos bairros de Vila Isabel e de Paquetá. "A investigação epidemiológica está em curso pelas equipes da Vigilância em Saúde", acrescentou, por nota, a SMS.

A pasta comunicou ainda que, em conjunto com a Secretaria estadual de Saúde e a Fiocruz, segue fazendo o monitoramento da entrada de diferentes cepas do coronavírus no município. "Independentemente da variante, as medidas preventivas são as mesmas", afirmou a SMS, reforçando a necessidade do uso de máscaras e da higiene das mãos com alcool 70 ou, sempre que possível, água e sabão.

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Antes, cidades como Seropédica e São João de Meriti, na Baixada Fluminense, também já haviam detectado a variante Delta em seus territórios. Em Meriti, o paciente era um homem de 30 anos que, constatou-se depois, não viajou nem teve contato com pessoas que tenham saído do Brasil recentemente. Ele também não havia tomado nenhuma dose das vacinas contra a Covid-19.

Em Seropédica, a variante foi detectada em uma mulher de 22 anos, que vive com os pais e duas irmãs. Todos estão sendo monitorados, segundo a Secretaria municipal de Saúde. A paciente também não viajou nem teve contato com alguém que viajou para fora do Brasil. O pai e a mãe já haviam tomado as duas doses da vacina.

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Embora a mãe e uma irmã tenham sido infectadas e apresentado sintomas, apenas na mulher de 22 anos foi detectada a variante Delta, de origem indiana. Nos demais foi identificado a linhagem P1, mais comum no Rio de Janeiro. O pai e a outra irmã da paciente não apresentaram sintomas.

No Brasil, infecções causadas pela variante Delta já foram diagnosticadas em viajantes no estado do Rio, segundo o Ministério da Saúde, além de no mínimo outros quatro estados: Maranhão, Minas Gerais, Paraná e Goiás. No início de julho, a Prefeitura de São Paulo confirmou o primeiro caso do gênero na capital paulista. O paciente é um homem de 45 anos, que ficou em monitoramento na Unidade Básica de Saúde (UBS) do bairro onde mora.

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Duas pessoas morreram no Brasil após contraírem a variante Delta. Um homem de 54 anos, que chegou ao país em um navio que chegou ao litoral do Maranhão vindo da Malásia, morreu após ficar mais de 40 dias internado. Em18 de abril, a vítima foi uma mulher grávida, de 42 anos, que havia viajado do Japão para o norte do Paraná.

Os imunizantes que são aplicados no país têm mostrado proteção contra a variante Delta. No início do mês, a Johnson & Johnson informou que a vacina da Janssen tem proteção adequada contra a cepa. Estudiosos contratados pela empresa afirmam que os anticorpos neutralizantes oferecem uma "cobertura robusta" contra as variantes Delta e P.1.

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Outras duas vacinas em uso no Brasil, a de Oxford/AstraZeneca e a da Pfizer/BioNTech, se mostraram altamente efetivas, após duas doses, na prevenção da hospitalização de pessoas infectadas com a cepa descoberta na Índia, segundo análise da agência de saúde pública do governo britânico, a Public Health England, divulgada em junho. De acordo com os dados, o imunizante da Pfizer se mostrou 96% efetivo contra a hospitalização, e o da AstraZeneca 92%.

Os resultados são comparáveis com a proteção oferecida contra a variante Alfa, que surgiu no Reino Unido. Os pesquisadores analisaram mais de 14 mil casos provocados pela variante Delta, dos quais 166 foram hospitalizados, entre 12 de abril e 4 de junho.

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A variante do coronavírus foi detectada inicialmente na Índia, em outubro de 2020, e já chegou a pelo menos 96 países. Em alguns deles, ela passou a ser dominante, como no caso de Cingapura, Reino Unido e Portugal. Dados preliminares apontam que a variante é mais transmissível do que outras, gera maior risco de hospitalização e de reinfecção e provoca um quadro de sintomas um pouco diferente (mais dor de cabeça e menos tosse, por exemplo).

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