RIO — A efetividade do imunizante contra Covid-19 da Pfizer/BioNTech cai de 96% nos dois meses após a vacinação para 84% depois de seis meses, de acordo com um estudo realizado por pesquisadores das fabricantes e de outras instituições, noticiado pelo site STAT News nesta quarta-feira (28). Os dados foram divulgados na forma de "pré-print", ainda sem revisão de cientistas independentes.
A queda de efetividade demonstrada pelo estudo deixa em aberto a possibilidade de que doses de reforço da Pfizer possam ser necessárias para reduzir infecções.
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O estudo envolveu mais de 44 mil voluntários na Europa e nas Américas. Os resultados sugerem que a vacina da Pfizer foi 91% eficaz na prevenção de Covid-19 de forma geral ao longo de seis meses.
A eficácia do imunizante na prevenção de qualquer infecção por Covid-19, incluindo as que causam apenas sintomas leves, pareceu diminuir em média 6% a cada dois meses.
Contra formas graves da doença, que incluem pessoas com baixos níveis de oxigênio no sangue ou que precisam ser hospitalizadas, a eficácia geral da vacina foi de 97%.
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Paul Offit, pediatra e especialista em vacinas do Hospital Infantil da Filadélfia, afirmou ao STAT News que os resultados são "muito tranquilizadores", pois a necessidade potencial de doses de reforço está ligada ao número de pessoas totalmente vacinadas que desenvolvem doença grave. Esse número foi de apenas 3% após seis meses, sugerindo que duas doses da Pfizer oferecem proteção adequada, segundo o especialista.