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Byju’s

Maior start-up de educação do mundo chega ao Brasil ensinando programação para crianças

Byju Raveendran

A Byju's Future School, indiana que é a maior start-up de educação do mundo, começa a operar hoje no Brasil oferecendo aulas de programação remotas para crianças e adolescentes de 6 a 15 anos. A companhia vai tentar repetir o sucesso obtido no país natal durante a pandemia explorando as aspirações de pais de classe média dispostos a pagar R$ 500 mensais para educar os filhos com habilidades do século XXI. 

A chegada ao Brasil se dá dentro de um plano de internacionalização que levou a start-up primeiro a países ricos de língua inglesa (EUA, Inglaterra, Austrália e Nova Zelândia) e agora se amplia para nações emergentes, incluindo México e Indonésia.

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A Byju’s foi fundada em 2011 pelo engenheiro Byju Raveendran, que descobriu um talento para ajudar os amigos em provas de matemática. A aptidão virou negócio e cresceu a ponto de Raveendran se tornar uma estrela local, dando aulas até em estádios. O próximo passo foi migrar sua metodologia para uma plataforma de vídeo, que culminou com o lançamento de um app com conteúdo de reforço em matemática, ciência e línguas para crianças. 

O grande salto veio na pandemia, quando as escolas indianas fecharam. A Byju’s disponibilizou o app gratuitamente por tempo limitado. Com o crescimento, a empresa licenciou um app com personagens da Disney e contratou uma estrela de Bollywood como garoto-propaganda. A empresa já levantou US$ 2,7 bilhões em aportes de investidores como a organização filantrópica de Mark Zuckerberg e o UBS. A Byju’s foi avaliada em US$ 16,5 bilhões e tem cem milhões de alunos.

— A maior start-up do Brasil (Nubank) é um banco. A da Índia é uma “edtech” (start-up de educação). Isso nos faz pensar — disse Fernando Prado, fundador da start-up ClickBus e que será o responsável pela operação da Byju’s no Brasil. 

Se na Índia o carro-chefe é o conteúdo gravado, a empresa opera no exterior com aulas individuais e interativas ao vivo. No Brasil, o curso de programação demora 18 meses, e a recomendação é que o aluno faça duas horas por semana. O custo gira em torno de R$ 500, e os horários são negociados entre tutor e estudante. 

A empresa já funciona de maneira experimental há dois meses e tem mais de 1,6 mil matriculados e 400 tutores. Até o fim do ano, a expectativa da Byju's é ter 1,5 mil professores e dez mil alunos, além de dobrar a equipe operacional local para 600 pessoas. Até dezembro, a Byju's vai lançar no país aulas de matemática/lógica e de música. 

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