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Por João Gabriel Rodrigues e Paulo Roberto Conde — Tóquio, Japão


Brasil sobe ao pódio para receber a medalha de prata no vôlei feminino nas Olimpíadas de Tóquio

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Era preciso ir ao limite. Mas, diante de um rival mais forte, todo o esforço não foi suficiente. Neste domingo, na final das Olimpíadas de Tóquio, o Brasil não conseguiu fazer frente aos Estados Unidos na Arena Ariake. A seleção de José Roberto Guimarães foi dominada durante todo o jogo e perdeu em 3 sets a 0, parciais 25/21, 25/20 e 25/14. Na queda seca, a prata como prêmio de consolação.

Meninas do vôlei do Brasil no pódio com a medalha de prata — Foto: REUTERS/Pilar Olivares

Os Estados Unidos, enfim, conquistam seu primeiro ouro no vôlei feminino. Até aqui, a seleção americana só havia batido na trave. Foi prata em Los Angeles 1984, Pequim 2008 e Londres 2012. Também soma dois bronzes, em Barcelona 1992 e Rio 2016.

Melhores momentos: Brasil 0 x 3 Estados Unidos pela final do vôlei feminino nas Olimpíadas de Tóquio

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O Brasil, por sua vez, chega à primeira medalha de prata. Além dos dois ouros, em Pequim e Londres, a seleção também tem outros dois bronzes no currículo, em Atlanta 1996 e Sydney 2000.

Carol Gattaz durante a final Brasil x EUA — Foto: REUTERS/Pilar Olivares

1° set - Brasil começa mal, e EUA dominam

Não foi o início dos sonhos. Com 4/0 a favor dos Estados Unidos, Zé Roberto parou o jogo. No começo da partida, a seleção teve problemas para fazer o ataque funcionar. Os três primeiros pontos do Brasil foram em erros das americanas. As rivais, por outro lado, conseguiam virar as bolas com mais facilidade: 6/3. O Brasil chegou a encostar e a diminuir a diferença para apenas um ponto, em 8/7.

Rosamaria encara o bloqueio americano — Foto: Toru Hanai/Getty Images

As americanas, porém, voltaram a abrir. Akinradewo, com uma deixadinha, fez o placar marcar 12/8. Mas, ao contrário daquele início, a seleção conseguiu se reerguer. Voltou a ficar a um ponto do empate em erro de Poulter. Karch Kiraly pediu tempo. Foi o suficiente para arrumar a casa. O Brasil errou um ataque, e os EUA voltaram a abrir quatro pontos, marcando 18/14. Zé Roberto buscou a inversão pela primeira vez no jogo, mandando Roberta e Natália. Mas foi por pouco tempo. Logo, Macris e Rosamaria voltaram à quadra. A seleção até ameaçou reagir, mas a melhor jogadora da partida até ali definiu: Bartsch-Hackley fechou a conta em 25/21.

2° set - Brasil ensaia reação, mas EUA aumentam vantagem

Rosamaria, com uma pancada, abriu a contagem no segundo set. Era preciso fazer diferente e recomeçar. A seleção até começou melhor, mas logo as americanas tomaram o controle do jogo. Com Washington, marcaram 6/4 no placar. Quando abriram 8/5, Zé tirou Rosamaria e mandou Natália à quadra em uma troca simples. Por um momento, a seleção até melhorou. Drews, porém, abriu 12/8 com uma largadinha, obrigando Zé Roberto a pedir tempo.

Jogadoras do Brasil lamentam bola perdida contra os EUA na final olímpica — Foto: REUTERS/Pilar Olivares

Não funcionou. As americanas mantiveram o controle total do jogo e dispararam. Em um erro de Macris, a seleção viu o placar subir para 16/9. Nada parecia dar certo. Rosamaria voltou à quadra. Pouco depois, foi a vez de Macris dar lugar a Roberta em uma troca simples. A seleção melhorou. A diferença, que chegou a ser de oito pontos, caiu para cinco. Kiraly, então, parou o jogo. O Brasil até somou mais alguns pontos e ensaiou uma reação improvável. Mas, no fim, os Estados Unidos fecharam em 25/19 em um erro de saque de Carol.

3° set - EUA fecham a conta e levam o ouro

O início do terceiro set até pareceu abrir caminho para uma reação. Mas era um ritmo diferente. Em busca de seu primeiro ouro olímpico, os Estados Unidos fizeram do favoritismo uma realidade absoluta. À beira da quadra, Zé Roberto fez de tudo. Mudou as peças, gritou e tentou chamar o time. Mas havia um longo caminho a alcançar. Até o fim, as americanas mantiveram a vantagem até fechar o jogo em 25/14.

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