Por G1 Rio e TV Globo


Calendário de vacinação depois do dia 18 pode sofrer algumas modificações

Calendário de vacinação depois do dia 18 pode sofrer algumas modificações

Segundo a Prefeitura do Rio de Janeiro, 95% das internações por Covid-19 no município são de pessoas que não estão vacinadas. A informação foi passada em uma mensagem nas redes sociais oficiais da administração municipal nesta sexta-feira (6).

De acordo com o poder municipal, estes 95% são formados por pessoas que não tomaram nenhuma dose de imunizante contra a doença.

"É um dado que reforça que as vacinas funcionam, tem efeito, mas ainda tem muita internação de pessoas que não se vacinaram. Apenas 5% das pessoas internadas tomaram pelo menos uma dose da vacina", disse o secretário Daniel Soranz.

A principal preocupação é o avanço da variante delta. O estado teve, pelo menos, 203 casos identificados, sendo 67 deles na capital. Uma idosa, que não havia sido vacinada, morreu.

Postos só abrem 10h no sábado

O calendário de vacinação no Rio segue, mas com uma quantidade de doses no limite. A Prefeitura do Rio só possui doses para a vacinação nesta sexta, de pessoas com 28 anos. A remessa do Ministério da Saúde prevista para a madrugada atrasou e só chegará no sábado (7). Por isso, os postos de saúde só abrirão a partir de 10h até 17h.

Adolescentes com comorbidades ou deficiências

O prefeito Eduardo Paes (PSD) anunciou que fará alterações no cronograma de vacinação do Rio de Janeiro para priorizar adolescentes com comorbidades e/ou deficiências. Paes apresentou nesta sexta o 31º Boletim Epidemiológico da cidade, em que avisou sobre o aumento de casos de Covid nos últimos dias.

Na coletiva, Paes também defendeu a aplicação da terceira dose do imunizante para idosos. “Pressionarei aqui para que isso aconteça antes de outubro”, disse Paes. “O Chile já começou a fazer”, emendou.

Paes também falou sobre a possibilidade de reduzir o intervalo da segunda dose para quem tomou Pfizer.

O prefeito comentou sobre a divulgação dos cadernos de encargos para o réveillon — para o qual a Riotur projetou 13 palcos, três em Copacabana — em meio ao aumento de casos.

“Réveillon é daqui a cinco meses. Se fosse amanhã, seria uma incoerência. Mas tudo aponta para a enorme possibilidade de ter réveillon este ano. Não dá para preparar um evento como este em um mês”, explicou.

Boletim Epidemiológico do Rio aponta crescimento de casos confirmados — Foto: Reprodução

Paes fez um mea-culpa, dizendo que pode ter se comunicado mal quando falou sobre os planos de reabertura da cidade. Ele reforçou que a retomada das atividades está relacionada ao controle da disseminação do coronavírus e que aumentos significativos do contágio podem interromper o retorno à vida normal.

“Está claro que há um novo aumento no número de casos de Covid, algo que não ocorria há semanas. Isso me leva a reafirmar que eu, talvez, tenha comunicado mal. Quando anunciamos uma programação de reabertura, isso não quer dizer que a situação está sob controle. Vou enfatizar: todo o nosso planejamento guarda relação com a evolução do cenário epidemiológico. Se continuarmos com o registro desse aumento de casos, a tendência não é de abrir, mas fechar mais. Se o cenário epidemiológico piorar, acabou o plano de abertura”, declarou.

Segundo o secretário de Saúde, Daniel Soranz, o aumento do número de casos é motivado por dois fatores claros.

“Esse aumento é causado pela variante delta e também por estarmos no período de inverno. O que temos agora é um aumento do número de casos, sem aumento substancial do número de internações ou de óbitos. Mas esse aumento do número de casos já é um indicador bem preocupante”, explicou Soranz.

No fim do mês passado a prefeitura anunciou um plano gradual de flexibilização das medidas de restrição na cidade. Serão 3 etapas, de 2 de setembro até 15 de novembro.

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