A margem cobrada pelos bancos nas operações de crédito recuou, em maio deste ano, ao menor patamar para o mês desde 2013. O chamado spread bancário médio, diferença entre a taxa praticada pelas instituições financeiras nas concessões de empréstimos e a taxa de captação de recursos, ficou em 14,5 pontos percentuais no dado mais recente, refletindo uma combinação entre fatores estruturais e outros mais ligados à pandemia.
O Banco Central (BC) e a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) veem avanços em alguns itens que compõem o spread. No entanto, parte da queda é explicada por medidas temporárias — no ano passado, foram criadas linhas emergenciais, com taxas subsidiadas pelo Tesouro Nacional, para ajudar as empresas a enfrentar a crise da covid-19.
Portanto, o fim dessas operações e o ciclo de alta da Selic tendem a pressionar o spread novamente para cima, segundo economistas. Amanhã, a autoridade monetária divulga os dados referentes a junho.
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“Essa queda decorre de um conjunto de fatores, impulsionados particularmente pela ação do Banco Central e dos bancos”, diz o presidente da Febraban, Isaac Sidney. Ele chama a atenção para o “efeito benigno” gerado pela aprovação do cadastro positivo — histórico financeiro de pessoas físicas e jurídicas, como atrasos ou não pagamento de empréstimos e contas.
Com base nessas informações, os clientes ganham notas, nas quais as instituições financeiras se apoiam para decidir quanto cobrar pelo crédito.
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