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PGR

Parecer que isentou Bolsonaro por ignorar máscara é visto como gesto de subprocuradora para assumir PGR

A subprocuradora Lindôra Araújo

A manifestação da subprocuradora-geral Lindôra Araújo, que afirmou nesta semana que Bolsonaro não cometeu crime ao ignorar o uso da máscara, foi vista entre seus pares como um gesto para se cacifar ao posto de procuradora-geral da República, cargo que hoje é ocupado por Augusto Aras.

Como mostrou O GLOBO, o entendimento de Lindôra foi diferente da posição que ela mesma teve há um ano, quando pediu que um desembargador fosse investigado por não utilizar máscara.

A sabatina para aprovar a recondução de Aras ao cargo de PGR foi marcada para a próxima semana pelo Senado, mas ele ainda alimenta o sonho de ir para o Supremo Tribunal Federal (STF). Aras se vê como a melhor opção de Bolsonaro, caso seu indicado à corte, André Mendonça, seja rejeitado pelos parlamentares.

Nesse cenário, o nome de Lindôra, tida no Ministério Público Federal como “bolsonarista de carteirinha”, poderia se viabilizar como opção para substituí-lo. Para integrantes do órgão, o parecer em que a subprocuradora-geral isenta Bolsonaro teria sido um gesto para fazer frente ao subprocurador Eitel Santiago, outro cotado para uma eventual substituição de Aras.

Movimentos do atual PGR foram vistos no órgão como uma preparação de Eitel para ser seu sucessor. Como a coluna informou, o retorno do subprocurador – que também é bolsonarista – à instituição, em julho, foi percebido internamente como um caminho de preparação para que ele assuma o lugar Aras.



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