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    Mourão não participa de exibição de comboio militar na Esplanada dos Ministérios

    Na segunda (9), generais da ativa e da reserva manifestavam, em caráter reservado, incômodo com o desfile em meio à votação em plenário da PEC do voto impresso

    Gustavo Uribeda CNN

    O vice-presidente Hamilton Mourão não participou nesta terça-feira (10) da exibição de um comboio militar nas proximidades do Congresso Nacional, em Brasília.

    Segundo aliados do general da reserva, ele não considerou adequado participar da solenidade militar. Na segunda-feira (9), generais tanto da ativa como da reserva manifestavam, em caráter reservado, incômodo com o desfile militar em meio à votação em plenário da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) do Voto Impresso.

    A avaliação, também compartilhada pela articulação política do Palácio do Planalto, é de que o episódio militar não ajuda a pacificar a relação entre o Executivo e o Judiciário, que passou na semana passada por um mal-estar após crítica do presidente ao presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Luis Roberto Barroso.

    O vice-presidente também não participou de reunião ministerial promovida após a exibição militar. Nos últimos meses, não é a primeira vez que o general da reserva não é convidado para o encontro de Bolsonaro com a equipe ministerial.

    Segundo a Marinha, o desfile militar desta terça-feira (10) já estava programado. Segundo apurou a CNN, ele foi uma sugestão do ministro da Defesa, Walter Braga Netto.

    Na exibição, foi entregue ao presidente convite para que ele compareça à demonstração operativa, marcada para o dia 16 de agosto, no Campo de Instrução de Formosa.

    Segundo o aviso de pauta divulgado pela Marinha, a Operação Formosa acontece há mais de 30 anos e é o maior treinamento militar da instituição no Planalto Central. Pela primeira vez, o ato teve a participação do Exército Brasileiro e da Força Aérea Brasileira.

    O anúncio da manifestação, porém, gerou críticas entre políticos, que acreditam que o desfile pode soar como algum tipo de pressão do governo para a aprovação da PEC, além de aumentar a tensão entre os três poderes.