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economia

Banco do Brasil e Caixa ameaçam deixar a Febraban

Como consequência de uma crise que se desenrola nos bastidores da Febraban há uma semana, o Banco do Brasil e a Caixa estão ameaçando deixar a entidade, criada em 1967 para representar o setor bancário — e da qual os dois bancos públicos estão entre os fundadores.

O motivo é um manifesto, capitaneado pela Fiesp, que será publicado nos jornais nos próximos dias, assinado por cerca de cem entidades de classe dos setores financeiro e industrial.

Intitulada "A praça dos Três Poderes", a declaração afirma que "as entidades da sociedade civil que assinam esse manifesto veem com grande preocupação a escalada de tensões e hostilidades entre as autoridades públicas".

Mais: "O momento exige serenidade, diálogo, pacificação política, estabilidade institucional e, sobretudo, foco em ações e medidas urgentes e necessárias para que o Brasil supere a pandemia, volte a crescer, gerar empregos e assim reduzir as carências sociais que atingem amplos segmentos da população".

Durante os últimos dias, houve uma intensa troca de  mensagens e telefonemas. Os dirigentes da Caixa e do BB tentaram que a Febraban não chancelasse a peça. Insistiram que o o.k. da entidade ao texto seria visto como uma manifestação política contra o governo Bolsonaro.

Em vão. Ontem, uma votação na entidade aprovou a participação da Febraban. Entre os bancos que apoiaram estavam Bradesco, Itaú, Credit Suisse, JP Morgan, BTG, Safra, Santander e muitos outros.

Tanto o ministro Paulo Guedes, quanto o presidente do BC, Roberto Campos Neto, e Jair Bolsonaro estão acompanhando o imbroglio e apoiam a decisão de saída da Febraban.

Em resumo, assim que o manifesto sair nos jornais, a Caixa e o BB darão bye bye à Febraban.

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