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Caso das "rachadinhas"

Há dois meses, Jair Renan homenageou nas redes denunciante de sua mãe

Jair Renan Bolsonaro e Marcelo Luiz Nogueira de Santos

Filipe Vidon

Há pouco mais de dois meses, Jair Renan Bolsonaro publicou uma foto no Instagram ao lado de Marcelo Luiz Nogueira de Santos, ex-assessor de Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ), que denunciou nesta quinta-feira que no período em que Flávio foi deputado estadual no Rio, entregava 80% do salário de R$ 7.326 que recebia para a advogada Ana Cristina Valle, então mulher do presidente Jair Bolsonaro.

A revelação foi feita pelo portal “Metrópoles”, que afirma que o ex-funcionário trabalhou para o clã Bolsonaro por 14 anos e presenciou o esquema da “rachadinha”. Na publicação, Jair Renan chama Nogueira de amigo e afirma que ele o “ensinou muito, especialmente a como me tornar uma boa pessoa” em uma homenagem de aniversário.

Publicação feita por Jair Renan Bolsonaro

“Marcelo, ao longo desses anos todos, você tem sido um grande amigo para mim. Você me ensinou muito, especialmente a como me tornar uma boa pessoa. Sua empatia e seu carinho são contagiantes, e eu serei eternamente grato a Deus por tê-lo colocado em nosso caminho. Que neste aniversário seu coração possa transbordar com o dobro da felicidade que você trouxe para nossa família! Obrigado por tudo! Parabéns! Felicidades…”, publicou o filho do presidente Jair Bolsonaro.

Marcelo Luiz Nogueira de Santos é o segundo ex-assessor de Flávio que revela a devolução de salários. Em novembro do ano passado, O GLOBO mostrou que Luiza Souza afirmou ao MP-RJ que era obrigada a devolver mais de 90% do que recebia. Ela apresentou extratos bancários para comprovar que, entre 2011 e 2017, repassou R$ 160 mil para Fabrício Queiroz, que também atuou o gabinete e é outro alvo da denúncia dos promotores que atinge Flávio.

Flávio Bolsonaro é acusado de operar um esquema de “rachadinha” e foi denunciado pelo Ministério Público do Rio (MP-RJ) por organização criminosa, peculato, lavagem de dinheiro e apropriação indébita. Ana Cristina, por sua vez, é investigada por um suposto esquema de funcionários fantasmas e “rachadinha” na época em que foi chefe de gabinete do vereador do Rio Carlos Bolsonaro (Republicanos).

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