Em processo de fusão, DEM e PSL divulgam nota conjunta contra Bolsonaro

Partidos devem anunciar fusão em 21 de setembro; siglas defendem “basta nas tensões políticas”

Presidente Jair Bolsonaro em palanque no ato do 7 de Setembro em São Paulo
Presidente Jair Bolsonaro durante ato em São Paulo neste 7 de Setembro
Copyright Reprodução/Facebook - 7.set.2021

O DEM e o PSL divulgaram na noite desta 3ª feira (7.set.2021) uma nota assinada por ambos em repúdio ao discurso feito pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nas manifestações em Brasília e em São Paulo no 7 de Setembro. As legendas pedem um basta “nas tensões políticas” e “desentendimentos” para que seja possível dar uma resposta à população sobre problemas econômicos e sociais. Eis a íntegra do comunicado das siglas (3 MB)

Os 2 partidos estão em um processo de fusão, que deve ser formalizado em 21 de setembro, como noticiado pelo Poder360. Ainda não há definição sobre o nome da nova legenda, mas a tendência é que o número de urna seja o 25, atualmente já usado pelo DEM. O 17, do PSL, seria descartado.

Na nota, os partidos afirmam entender que “a liberdade é o principal instrumento democrático e não pode ser usada para fins de discórdia, disseminação de ódio, nem ameaças aos pilares da própria democracia”.

Em seus discursos, Bolsonaro disse que não cumprirá decisões do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, a quem chamou de “canalha”. Bolsonaro afirmou também que determinará que todos os “presos políticos” sejam postos em liberdade.

Leia a íntegra da nota:

O PSL e o Democratas entendem que a liberdade é o principal instrumento democrático e não pode ser usada para fins de discórdia, disseminação de ódio, nem ameaças aos pilares da própria Democracia.

Por isso, repudiamos com veemência o discurso do senhor presidente da República ao insurgir-se contra as instituições de nosso país.

Hoje se torna imperativo darmos um basta nas tensões políticas, nos ódios, conflitos e desentendimentos que colocam em xeque a Democracia brasileira e nos impedem de darmos respostas efetivas aos milhões de pais e mães de família angustiados com a inflação dos alimentos, da energia, do gás de cozinha, com o desemprego e a inconstância da renda.

Não existe independência onde ao cidadão não se garantem as condições para uma vida digna. O Brasil real pede respostas enérgicas e imediatas.

Coloquemos as mãos à obra.

autores