Publicidade

Indicação STF

Discurso de Bolsonaro dificulta chance de Senado pautar sabatina de Mendonça para STF

O ministro da AGU, André Mendonça, indicado por Bolsonaro para uma vaga no STF

As falas do presidente Bolsonaro feitas no 7 de setembro tornaram a situação de André Mendonça, seu indicado o Supremo Tribunal Federal (STF), ainda mais complicada. As conversas do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), e do presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP), com congressistas sobre o tema estão intensas desde ontem.

Há uma avaliação geral entre os senadores que, em um momento em que Bolsonaro ameaça descumprir decisões judiciais proferidas pelo ministro Alexandre de Moraes, a sabatina de seu indicado para o STF não deve ser pautada.

O discurso do presidente do Supremo, Luiz Fux, em resposta às ameaças de Bolsonaro, também foi recebido pelos senadores como respaldo para essa decisão. Na sua fala, Fux destacou que desrespeitar decisão da corte é crime de responsabilidade. 

Lideranças do Senado fazem os cálculos dos votos que André Mendonça teria hoje e afirmam que cerca de 50 dos 81 membros da Casa são contrários à sua entrada no Supremo. O momento é considerado o mais crítico para o ex-advogado da União desde que ele foi indicado por Bolsonaro, em julho. 

Alcolumbre já sinalizava que iria esperar a relação entre o presidente Bolsonaro e o Judiciário melhorar para submeter o nome de Mendonça à aprovação da CCJ. É só depois desse passo que o indicado do presidente passará pela votação do plenário do Senado.

Leia também