União Europeia recomenda novas restrições aos EUA por alta de casos de covid

Conselho Europeu recomendou que países apliquem medidas mais robustas aos turistas norte-americanos

Cada Estado-membro do bloco europeu poderá decidir se irá permitir as viagens não essenciais de pessoas completamente vacinadas
Copyright Klaas Brumann/Flickr

A UE (União Europeia) recomendou nesta 2ª feira (30.ago.2021) que seus Estados-membros reestabeleçam as restrições de entrada de cidadãos dos Estados Unidos em viagens não essenciais.

A decisão está ligada ao aumento do número de casos de covid. Há pelo menos 7 dias, os EUA registram mais de 1.200 contágios diários –número 7 vezes maior que no início de julho. O bloco europeu determina que só pertencem à “lista segura” os países com menos de 75 casos a cada 100 mil habitantes por, no mínimo, 2 semanas.

Além dos EUA, o bloco europeu também orientou que seus 27 países-membros restrinjam a entrada de pessoas que vêm de Israel, Kosovo, Líbano, Montenegro e da República da Macedônia do Norte.

A medida não é vinculativa –ou seja, cabe a cada país decidir se permite as viagens não essenciais de pessoas totalmente vacinadas. Eis a íntegra do comunicado (em inglês).

Já países como Austrália, Canadá, Japão, Jordânia, Nova Zelândia Coreia do Sul e China, a UE orientou que as restrições sejam suspensas de forma gradual.

Combate à covid

Nas primeiras semanas de agosto, os EUA atingiram 507 novos casos de covid por 100.000 habitantes, segundo o ECDC (Centro Europeu para Prevenção e Controle de Doenças, na sigla em inglês).

Em 5 de agosto, o país registrou o maior número de infecções nos últimos 6 meses, tendo, na época, 100.000 casos reportados nas últimas 24 horas. As autoridades norte-americanas ainda notificaram mais de 1.000 mortes pela doença em um único dia. A última vez que o país alcançou este patamar foi em março.

Pelo menos 62,3% da população norte-americana recebeu a 1ª dose da vacina e 52,9% estão completamente vacinados, segundo dados do Our World In Data

O movimento anti-vacina, porém, tem força no país e vários Estados norte-americanos estão com baixa adesão à campanha de imunização contra a doença. Os EUA entraram para a “lista segura” da UE em junho.

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