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Clubhouse (Foto: Jakub Porzycki/NurPhoto via Getty Images)

Clubhouse (Foto: Jakub Porzycki/NurPhoto via Getty Images)

Durante a pandemia, a nova forma de as pessoas e as empresas se comunicarem trouxe muitas oportunidades de negócios, especialmente para os empreendedores que atuam no mercado digital. Uma startup que soube pegar carona no “novo normal” foi o Clubhouse, plataforma de conversas por áudio fundada em março de 2020, na cidade de São Francisco, na Califórnia (EUA). Apontado como o futuro da rede social, o aplicativo chegou a ter 10 milhões de pessoas na sua lista de espera.

Agora, o Clubhouse resolveu abrir as portas para mais consumidores. Antes disponível apenas para usuários com dispositivos iOS e fechado aos que não tivessem um convite, o app já funciona na plataforma Android desde maio deste ano e derrubou a necessidade de convites em julho.

Os novos consumidores, porém, não parecem estar ansiosos para utilizar o espaço. Segundo levantamento do grupo de análises SensorTower, entre 21 e 25 de julho, foram contabilizadas 484 mil instalações do app, o que representa um aumento de 17% sobre a semana interior - desses, a maioria era de membros fora dos Estados Unidos. Como observa a Wired, o Clubhouse dizia anteriormente que o mecanismo de convite servia para administrar o crescimento e liberar as funcionalidades conforme necessário. 

No final de julho, o app de áudio figurava entre os 10 mais baixados na App Stores nos Estados Unidos. No Android, em que a possibilidade de acesso é bem mais recente, o aplicativo não estava no top 20. Para um app que recentemente bateu plataformas globais como Instagram, TikTok e WhatsApp, foi uma estreia morna.

A internet começou a reparar. "Vendo meus convites do Clubhouse", brincou a blogueira Jane Manchun Wong. 

O aplicativo de conversas por áudio ainda registra avanço em alguns mercados, em grande maioria fora do território norte-americano. Em junho, foram 7,7 milhões de downloads, sendo que 5,8 milhões ocorreram na Índia. O potencial internacional foi considerado pelos investidores na última rodada de aportes da companhia, feita em abril, quando foi avaliada em US$ 4 bilhões. Em pouco mais de um ano, o Clubhouse já levantou US$ 110 milhões, de acordo com o Crunchbase.

Redes sociais concorrentes resolveram disputar espaço no mercado de áudio. Nos últimos meses, o Twitter apresentou o Space, o Spotify lançou o Greenroom, enquanto o YouTube trouxe o Shorts. Por sua vez, o Facebook, que controla o Instagram e o WhatsApp, começou a testar um modelo de conversa por voz na própria plataforma.