Por G1 Campinas e Região


Carga de vacinas da Pfizer contra Covid-19 desembarca no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas — Foto: UPS/ALF TV

Com a conclusão da remessa de 8,4 milhões de vacinas da Pfizer contra Covid-19 em cinco dias, a farmacêutica americana completou, neste domingo (19), 81 milhões de doses entregues ao Ministério da Saúde. Do contrato de 100 milhões de vacinas, restam ainda 18,9 milhões, a serem enviadas ao Brasil até o dia 30 de setembro.

Os imunizantes desembarcaram no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), desde o início das operações, em 29 de abril.

Neste domingo, dois voos trouxeram 2,2 milhões de doses, um chegou pela manhã e o outro, no fim da tarde. Cada lote desembarcou com 1.140.750 vacinas. Até agora, a Pfizer já enviou 80 lotes com o imunizante que combate o coronavírus nesta pandemia.

Há um segundo contrato entre Pfizer e governo federal, assinado em 14 de maio, que prevê mais 100 milhões de vacinas entre outubro e dezembro. A empresa diz que vai cumprir o cronograma de entrega total até o final de 2021.

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Chegada de doses no segundo voo de vacinas da Pfizer em Viracopos, em Campinas, neste domingo — Foto: UPS- ALF TV

Entregas

A Pfizer utilizou o Aeroporto de Viracopos para todas as entregas ao Brasil até agora. A primeira remessa teve 1 milhão de doses e foi recebida pelo país em 29 de abril, em cerimônia que contou com a presença do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.

Segundo a Pfizer, as doses enviadas ao Brasil são produzidas em duas fábricas nos Estados Unidos, Kalamazoo e McPherson, além de uma fábrica na Europa, Purrs na Bélgica.

A logística de entrega das doses ao governo federal conta com apoio da Receita Federal, Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal. Ainda no terminal de Viracopos, equipes da Receita desenvolveram um processo chamado desembaraço sobre nuvens, que permite a antecipação da conferência e liberação da carga - o processo entre a abertura da porta de carga do avião e liberação do caminhão ocorre em até 20 minutos.

Após a liberação em Viracopos, equipes escoltam o transporte rodoviário das doses até o centro de distribuição do Ministério da Saúde, em Guarulhos (SP).

Remessas entregues pelo acordo com o Ministério da Saúde

Entrega pelo consórcio Covax Facility

Armazenamento

No fim de maio, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou novas condições de conservação e armazenamento para a vacina da Pfizer/Biontech, que agora pode ser mantida em temperatura controlada entre 2ºC e 8ºC por até 31 dias. A orientação anterior era de cinco dias.

Que vacina é essa? Pfizer Biontech

Que vacina é essa? Pfizer Biontech

Antes da liberação dos frascos para a vacinação, as doses da Pfizer precisavam ser armazenadas em caixas com temperaturas entre -25°C e -15°C por, no máximo, 14 dias. Tais condições não permitiam que a vacina fosse enviada para municípios distantes mais que 2h30 da capital do estado.

Histórico

A vacina da Pfizer/BioNTech foi alvo de recusa e polêmicas dentro do governo federal. Ainda no ano passado, três ofertas formais para venda de 70 milhões de doses foram feitas pela empresa e ficaram sem resposta do Ministério da Saúde.

Também em dezembro, o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo Medeiros, descartou a compra da vacina por causa da exigência de armazenamento em baixas temperaturas.

A vacina foi a primeira a obter registro sanitário definitivo pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em fevereiro deste ano.

O imunizante pode ser aplicado em pessoas a partir de 12 anos de idade, em duas doses, com intervalo de 21 dias entre elas. A vacina é a única que pode ser aplicadas em menores de 18 anos no Brasil.

Inicialmente a autorização da Anvisa permitia o uso a partir de 16 anos. Mas o órgão autorizou a mudança na bula da vacina no país. Entretanto, ainda não há perspectivas de vacinação dessa faixa etária no Brasil.

A ampliação da idade em adolescentes foi aprovada depois de a Pfizer apresentar estudos que indicaram a segurança e eficácia da vacina para este grupo. Os estudos foram desenvolvidos fora do Brasil e avaliados pela agência.

Vacina contra Covid-19 da Pfizer — Foto: Thiago Philip / TV Globo

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