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Brasil

MP suspeita que ex-funcionária entregou dinheiro de ‘rachadinha’ dentro do gabinete de Carluxo

Diva da Cruz Martins e Carlos Bolsonaro



Na investigação do Ministério Público sobre a suspeita de “rachadinha” na equipe de Carlos Bolsonaro, foram encontrados indícios de que uma ex-funcionária, Diva da Cruz Martins, frequentava o gabinete do vereador, no Centro do Rio, para devolver pessoalmente as quantias recebidas pela filha, Andrea Cristina da Cruz, também empregada pelo político.

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Entre novembro de 2013 e dezembro de 2019, a promotoria fluminense identificou 58 visitas de Diva à Câmara de Vereadores, todas endereçadas ao escritório de Carluxo. Ela ia ao local com regularidade mensal, quase sempre nos primeiros dias do mês e permanecia por curtos intervalos.

Nesse período, Diva sequer constava na folha de pagamento de Carlos, o que só aconteceu entre fevereiro de 2003 e agosto de 2005, com exoneração oito anos antes das aparições dela no gabinete.

Para os investigadores, as idas de Diva ao local provavelmente coincidiam com o recebimento da remuneração do cargo ocupado por Andrea, que num processo judicial, enquanto estava lotada no gabinete, afirmou trabalhar, na verdade, como babá.

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No pedido de quebra de sigilo dos investigados, diz o MP:

“Tais visitas, associadas às contradições nas declarações de Diva da Cruz Martins, sugerem a possibilidade de que tais visitas observassem uma rotina de repasse dos valores da remuneração paga em nome de sua filha (...)”.

Registros obtidos pela coluna via Lei de Acesso à Informação mostram, por exemplo, que entre janeiro de 2016 e março de 2018, Diva esteve no gabinete religiosamente, quase sempre entre os dias 1º e 5 de cada mês. Em algumas ocasiões, ela saiu cerca de cinco minutos depois de ter entrado.

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