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    Versão chinesa do TikTok limita uso por adolescente a 40 minutos diários

    Analistas acreditam que implementação voluntária de restrição de tempo é para se antecipar a possíveis regulamentações; China já impôs limite a jogadores online

    Diksha Madhokda CNN

    A versão chinesa do aplicativo TikTok está introduzindo um “modo adolescente” que limitará a quantidade de tempo que adolescentes menores de 14 anos passam no plataforma de vídeos curtos a 40 minutos por dia.

    A medida será aplicada a todos os usuários Douyin, o TikTok chinês, com menos de 14 anos que se registraram no aplicativo usando seus nomes reais, anunciou o ByteDance, de Pequim, em um comunicado no sábado.

    O aplicativo também estará indisponível para esses usuários das 22h e às 6h, acrescentou o proprietário do Douyin.

    A empresa também pediu aos pais que ajudassem seus filhos a se registrarem com nomes reais ou, de outra forma, ativassem manualmente o “modo adolescente”.

    A ByteDance não respondeu imediatamente a uma pergunta da CNN sobre como poderia aplicar a política para aqueles que não usam seus nomes reais.

    O aplicativo também disse que apresentaria novos conteúdos – que vão desde experimentos científicos e museus a exposições em galerias de arte e cenários naturais – para “inspirar” os adolescentes.

    Limitar o uso do aplicativo é uma “medida pró-ativa” da ByteDance para se antecipar a possíveis regulamentações, escreveram analistas do Citigroup Global Markets em nota nesta segunda-feira (20).

    Eles sugeriram que a decisão poderia levar outras plataformas da Internet com conteúdo de vídeo curto a implementar restrições semelhantes.

    “A avaliação e a implementação voluntária de medidas de proteção de menores por mais plataformas podem ajudar a sugerir que as plataformas estão sendo mais socialmente responsáveis ​​e potencialmente tranquilizam pais e reguladores”, acrescentaram.

    O aplicativo Douyin tinha pelo menos 490 milhões de usuários em novembro de 2020, de acordo com a empresa de pesquisa de mídia iiMedia Research.

    Os reguladores chineses já começaram a pressionar as empresas de tecnologia para reduzir a quantidade de tempo que os menores gastam em seus serviços.

    Em junho, a China revisou sua “Lei de Proteção a Menores”, que exige que os provedores de serviços de internet – incluindo aplicativos de mídia social – “configurem funções correspondentes, como gerenciamento de tempo, restrição de conteúdo e limites de consumo para menores”.

    O rival de Douyin, Kuaishou – que é apoiado pela empresa Tencent – introduziu uma configuração semelhante para menores em 2019.

    A pressão da China sobre as empresas de tecnologia é parte de novas regulamentações abrangentes sobre as empresas voltadas para a próxima geração – desde uma forte repressão às aulas particulares até regras para jogos online.

    No mês passado, o país proibiu jogadores online com menos de 18 anos de jogarem durante a semana e limitou o tempo de jogo a apenas três horas na maioria dos fins de semana.

    A redação da CNN em Pequim contribuiu para esta reportagem.

    (Este texto é uma tradução. Para ler o original, em inglês, clique aqui)