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    ‘Quase ninguém fora do Facebook sabe o que acontece’, diz ex-funcionária

    Frances Haugen denunciou a empresa; segundo ela, Facebook sabia do discurso de ódio disseminado e tentava 'esconder violências'

    Samantha Murphy KellySeth Fiegermando CNN Business

    Frances Haugen
    Frances Haugen, ex-funcionária do Facebook, denuncia companhia / CBS/Reprodução

    Frances Haugen, a denunciante do Facebook que divulgou dezenas de milhares de páginas de pesquisa interna e documentos, disse que a empresa de mídia social poderia “destruí-la” por falar, mas ela acreditava que “enquanto o Facebook estiver operando no escuro, ninguém tem responsabilidade sobre ele.”

    Em seu depoimento obtido pela CNN na segunda-feira (4), antes de sua apresentação nesta terça-feira perante o subcomitê de Proteção ao Consumidor, Segurança de Produtos e Segurança de Dados do Senado, Haugen disse: “Acredito que o que fiz foi certo e necessário para o bem comum – mas eu sei que o Facebook tem recursos infinitos que poderia usar para me destruir. ”

    Haugen acrescentou: “Eu me apresentei porque reconheci uma verdade assustadora: quase ninguém fora do Facebook sabe o que acontece dentro do Facebook.”

    O Facebook se recusou a comentar.

    A ex- gerente de produto do Facebook de 37 anos que trabalhou em questões de integridade cívica na empresa revelou sua identidade durante um segmento “60 Minutos” que foi ao ar na noite de domingo.

    No programa, ela disse que os documentos mostram que o Facebook sabe que suas plataformas são usadas para espalhar ódio, violência e desinformação, e que a empresa tem tentado esconder essas evidências.

    O Facebook rebateu o relatório apresentado por ela.

    “Todos os dias nossas equipes precisam equilibrar a proteção da capacidade de bilhões de pessoas de se expressarem abertamente com a necessidade de manter nossa plataforma um lugar seguro e positivo”, disse a porta-voz do Facebook, Lena Pietsch, em um comunicado ao CNN Business imediatamente após a entrevista da ex-gerente de produto.

    “Continuamos a fazer melhorias significativas para combater a disseminação de desinformação e conteúdo prejudicial. Sugerir que encorajamos conteúdo ruim e que não fazemos nada simplesmente não é verdade.”

    Haugen começou no Facebook em 2019, após trabalhar para outros gigantes da tecnologia, incluindo Google e Pinterest.

    “Quando percebemos que as empresas de tabaco estavam escondendo os danos que causavam, o governo agiu”, disse Haugen nos comentários preparados. “Quando descobrimos que os carros eram mais seguros com cintos de segurança, o governo agiu. E hoje, o governo está agindo contra as empresas que escondiam evidências sobre opioides. Imploro que façam o mesmo nessa situação.”

    (Este texto é uma tradução. Para ler o original, em inglês, clique aqui)