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Francischini é o primeiro político do país a ser cassado por fake news

O TSE decidiu pela cassação do deputado estadual do Paraná Fernando Francischini (PSL-PR) nesta quinta-feira (28/10)

atualizado

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Geraldo Magela/Agência Senado
fernando francischini
1 de 1 fernando francischini - Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

O deputado estadual pelo Paraná Fernando Francischini (PSL-PR) é o primeiro político do país a perder o mandato por ter espalhado fake news.Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tomou a decisão nesta quinta-feira (28/10) por maioria. Francischini foi investigado pelo uso indevido dos meios de comunicação e abuso de autoridade.

Com o julgamento, o diploma do deputado foi cassado e ele está inelegível por oito anos, contados a partir das eleições de 2018. A decisão também prevê imediato contato com o tribunal local a fim de que haja recontagem dos votos para o cargo de deputado estadual do Paraná, computando-se como anulados os votos atribuídos a Francischini.

O diploma do deputado bolsonarista foi cassado após investigação por uso indevido dos meios de comunicação e abuso de autoridade. Fernando Francischini fez uma live, durante o primeiro turno das eleições de 2018, na qual afirmou, sem provas, que as urnas eletrônicas estavam fraudadas para impedir a eleição de Jair Bolsonaro (sem partido) à Presidência da República.

O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) absolveu Francischini por entender que não havia provas de que sua live tenha tido o alcance necessário para influenciar o resultado do pleito, mas o Ministério Público Eleitoral (MPE) recorreu ao TSE.

No entanto, o relator do caso, ministro corregedor-geral Luis Felipe Salomão, votou pela cassação do diploma do deputado e contestou a versão do advogado. “Para se ter uma ideia, estamos falando de mais de 6 milhões de visualizações dessa propaganda, com 400 mil compartilhamentos”, ressaltou o ministro.

Salomão chegou a ler a transcrição do vídeo em plenário. À época, Fernando Francischini disse em gravação: “A gente está trazendo essa denúncia gravíssima antes do final das eleições: as urnas estão adulteradas. Não vamos aceitar esse resultado”, leu ao levar o caso à análise. “Me chamou a atenção que essas notícias eram absolutamente falsas e manipuladoras. Levou a erro milhares de eleitores”, disse o ministro.

Jurisprudência

A decisão servirá de base para os demais julgamentos futuros acerca da disseminação de fake news por políticos.

Durante a sessão de julgamento, Salomão discorreu sobre a transparência do voto eletrônico, evolução ao longo dos anos e constante atualização de tecnologia. “As urnas eletrônicas são usadas há 25 anos no Brasil. Elas possibilitam que 150 milhões de brasileiros exerçam seu direito ao voto com celeridade e segurança”, afirmou.

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