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    Compromissos vindos da COP26 são animadores, mas não resolvem, diz especialista

    À CNN Rádio, André Ferretti afirmou que falta ainda a comprovação de recursos específicos para as reduções de emissão de gases do efeito estufa

    Delegados durante cúpula do clima COP26 em Glasgow
    Delegados durante cúpula do clima COP26 em Glasgow Reuters

    Amanda GarciaCamila Olivoda CNN

    em São Paulo

    Os compromissos assumidos pelo Brasil e pelas principais nações do mundo para conter as mudanças climáticas na COP26 “são animadores, mas não resolvem a situação”, avalia André Ferretti, gerente de Economia da Biodiversidade da Fundação Grupo Boticário e também membro da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza.

    Em entrevista à CNN Rádio nesta quarta-feira (3), ele explicou que os compromissos de redução de emissão de gás metano e contenção do desmatamento “são intenções”: “Precisamos monitorar e cobrar de lideranças globais para que sejam efetivados.”

    “Ainda não se chegou aquilo que todos esperam, que é a comprovação de destinação de recursos específicos para as reduções”, completou.

    As formas de cobrança, segundo o especialista, passam por relatórios de cientistas, que monitoram se as promessas estão virando realidade, e, na esfera pessoal, nas cobranças da população sobre os governantes.

    Mesmo assim, ele acredita que o momento é de virada. “A cada ano que passa percebemos que a pressão global é muito grande, de governos, empresas e especialistas.”

    Ferretti está na 16ª participação em Conferências do Clima e vê diferenças: “O que eu vejo de 2000 para 2021 é que hoje esse tema é muito mais discutido e difundido, já vemos muitas coisas que falavam que seriam importantes acontecendo, como veículos elétricos, energia solar e eólica crescendo.”

    No entanto, ele faz uma ressalva: “As questões avançaram, mas não no ritmo que esperávamos, é possível reduzir emissões, mas precisamos de vontade política, com o recurso do mundo e tecnologia, conseguiremos atingir as metas.”