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Por Jornal Nacional


Praia de Balneário Camboriú (SC) recebe visitantes inesperados

Praia de Balneário Camboriú (SC) recebe visitantes inesperados

Uma das praias mais famosas de Santa Catarina está recebendo visitantes inesperados.

Tubarões não eram uma cena comum naquelas águas. Eles chegaram de surpresa e, agora, têm aparecido com uma certa frequência. Pela contagem do Museu Oceanográfico da Universidade do Vale do Itajaí, de agosto para cá, foram avistados e capturados 28 tubarões em Balneário Camboriú.

“São pescadores amadores, na sua grande maioria, que têm enviado fotografias, porque estranharam que passaram a capturar mais tubarões do que o normal e alguns nunca tinham capturado tubarões naquela região”, contou Jules Soto, curador do Museu Oceanográfico da Universidade do Vale do Itajaí.

Os últimos dois meses têm sido de obras na Praia Central de Balneário Camboriú. A faixa de areia ficou mais larga: ganhou 45 metros. A areia foi de longe: a dragagem é feita no fundo do mar a 15 quilômetros da costa. Para os pesquisadores, o aparecimento de tubarões tem relação direta com toda essa mudança.

"Nós temos, sem dúvida nenhuma, a dragagem, que ressuspende alimentos, ressuspende substâncias que estão no fundo, que serve de alimento para espécies menores e, claro, estes peixinhos menores atraem peixes maiores, assim por diante, e atraem os tubarões”, esclareceu o ecólogo marinho Paulo Horta, do Departamento de Botânica da UFSC.

A obra é da prefeitura. Custou R$ 67 milhões e deve ser concluída nesta semana. A Secretaria Municipal do Meio Ambiente está registrando o aparecimento de novas espécies.

“Nós estamos encontrando várias espécies que, inclusive, nem são comuns aqui. Diferentes espécies de baleias, golfinhos, leões-marinhos, tartarugas, pinguins”, afirmou Maria Heloísa Furtado Lenzi, secretária de Meio Ambiente de Balneário Camboriú.

Não houve registro de ataques. Para quem estuda a costa catarinense, o momento é de pesquisar o que está acontecendo na região e evitar interações com esses visitantes.

“É um animal selvagem e, infelizmente, ele pode se defender. E, ao fazê-lo, uma mordida pode prejudicar bastante a saúde de alguém. Para evitar este contato, em primeiro momento agora, que por precaução, por prevenção, as pessoas efetivamente se afastem dos animais”, recomendou Paulo Horta.

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