Desenrola termina na segunda-feira com resultado abaixo das expectativas do governo

Com resultado abaixo das expectativas do governo, termina nesta segunda-feira (20) o Desenrola para Pequenos Negócios, oferecido pelo Ministério da Fazenda e o Ministério do Empreendedorismo em parceria com bancos. O programa possibilitou a renegociação de dívidas bancárias de MEI e empresas de micro e pequeno porte que faturassem até R$ 4,8 milhões anuais. Ao todo, foram 15 milhões de pessoas beneficiadas pelos acordos de R$ 52,42 bilhões em dívidas em todas as fases do programa. O Ministério da Fazenda argumenta que o Desenrola teve resultado “grandioso”, ainda mais considerando o baixo comprometimento de dinheiro público. No mercado, porém, a impressão é que não alcançou seu potencial, principalmente a parte voltada à população de baixa renda, que tinha garantia do Tesouro Nacional, em que as dívidas tiveram desconto médio de 83% e atingiram 5 milhões de consumidores. (Globo)

Sobe para 155 o número de mortos pelas chuvas no Rio Grande do Sul

As chuvas que atingem o Rio Grande do Sul desde o final de abril já deixaram 155 mortos, segundo levantamento da Defesa Civil divulgado neste sábado. Ao menos 806 pessoas se feriram e outras 94 seguem desaparecidas nas enchentes. O desastre climático também deixou 540.188 desalojados e 77.202 pessoas em abrigos pelo estado. De acordo com boletim mais recente da Corsan, 117,5 mil moradores estão sem abastecimento de água, enquanto 220,4 mil estão sem energia elétrica fornecida pelas companhias CEEE Equatorial e RGE. (GZH)

Crise no RS: Lula se reúne com Haddad, Paulo Pimenta e outros ministros no Alvorada

Colocar em prática as medidas de auxílio às cidades atingidas pelas inundações no Rio Grande do Sul têm sido o foco do governo federal nos últimos dias. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu no Palácio da Alvorada neste sábado (18) com os ministros Fernando Haddad (Fazenda), Paulo Pimenta (Reconstrução do RS), Waldez Góes (Integração) e Renan Filho (Transportes). Ontem, foi anunciada uma parcela extra do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) para cidades em estado de calamidade, com um repasse estimado de R$ 192,7 milhões para 47 municípios gaúchos. Também foi editada uma Medida Provisória flexibilizando a Lei de Licitações para agilizar compras públicas nesses locais. Após a publicação, a MP entra em vigor e deve ser analisada em até 120 dias pelo Congresso Nacional. Essas medidas excepcionais serão aplicadas apenas em casos urgentes que possam afetar a segurança das pessoas ou comprometer serviços públicos. (g1)

Edição de Sábado: A primeira vítima

No Palácio do Planalto, o alerta vermelho de que era preciso uma operação robusta da comunicação para combater notícias falsas sobre as cheias no Rio Grande do Sul acendeu na segunda-feira, 6 de maio. Nas redes, as atenções dos usuários estavam divididas entre dois impactos: conservadores estavam indignados com as cenas sensuais do show da cantora Madonna na Praia de Copacabana, que havia ocorrido na noite de domingo. Também todos assistiam, com perplexidade, aos vídeos divulgados da cheia do Guaíba, inundando Porto Alegre e a região metropolitana da capital gaúcha com as águas que já haviam causado estragos na região serrana do Rio Grande do Sul.

A crítica correta e a incorreta a Leite

Existem muitos motivos para se criticar o governador gaúcho, assim como o governo federal. Mas é preciso também compreender o contexto humano e político para criticar os erros de política pública e os de gestão, e descontar o que é desinformação, descontextualização e pura exaustão.

Relator defende cassação do governador do RJ por abuso de poder econômico e político

O desembargador Peterson Barroso Simão votou, nesta sexta-feira, no Tribunal Regional Eleitoral do Rio (TRE-RJ), a favor da cassação do governador Cláudio Castro (PL) por abuso de poder econômico e político. No centro da acusação, está a “folha de pagamento secreto” com 27 mil cargos no Ceperj e 18 mil na Uerj. Segundo Simão, Castro usou a estrutura do Ceperj e da Uerj com finalidades eleitoreiras, favorecendo sua reeleição e desequilibrando as eleições de 2022. Ele afirmou que houve danos ao erário público pelo uso de mais de R$ 400 milhões e desigualdade em relação aos demais candidatos. “Tudo ocorreu sorrateiramente, sem transparência pública. Quem arquitetou esse plano é um gênio, mas um gênio do mal”, disse o relator. Simão também defendeu as cassações do vice Thiago Pampolha (MDB) e do presidente da Assembleia Legislativa, Rodrigo Bacellar (União). E impôs multa de R$ 106 mil a Castro e Bacellar e de R$ 21.282 a Pampolha. O vice, no entanto, como solicitou o Ministério Público, não ficaria inelegível, ao contrário dos demais. Em seguida, Marcello Granado pediu vista e os demais desembargadores escolheram não antecipar o voto. O julgamento será retomado na próxima quinta-feira. (Globo)

Quinze pessoas em todo o mundo detêm fortunas superiores a US$ 100 bilhões

Impulsionado pela valorização da inteligência artificial, pelo crescimento dos bens de luxo e por mudanças geopolíticas, o exclusivíssimo clube dos bilionários agora conta com 15 pessoas com fortunas superiores a US$ 100 bilhões. Esse é o maior número já registrado. O patrimônio líquido combinado desses ricaços cresceu 13% neste ano, a US$ 2,2 trilhões, segundo o Índice de Bilionários da Bloomberg, superando o ritmo da inflação e do mercado de ações em geral. Juntos, esses 15 detêm quase 25% do patrimônio das 500 pessoas mais ricas do mundo. A herdeira da L’Oreal, Françoise Bettencourt Meyers; o fundador da Dell Technologies, Michael Dell; e o bilionário mexicano das telecomunicações Carlos Slim entraram nesse grupo nos últimos cinco meses e alguns têm flutuado em torno desse nível, ultrapassando-o várias vezes. (Bloomberg Línea)

Celular Seguro vai alertar por WhatsApp quando alguém reativar celular roubado

Lançado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) no ano passado, o programa Celular Seguro vai lançar um novo recurso que alerta pelo WhatsApp quando alguém tiver reativado um celular roubado ou furtado. Assim, a pessoa poderá devolver o aparelho às autoridades. A iniciativa, criada no Piauí, conseguiu aumentar em 139% o índice de aparelhos recuperados no estado. O Comitê Gestor foi criado na terça-feira para garantir que o programa seja sempre atualizado e criar soluções de melhoria e segurança do sistema. O grupo se reunirá todos os meses e será coordenado pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp/MJSP). Os integrantes também deverão se certificar de que o programa está de acordo com a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD). (Tecmundo)

Ibovespa e dólar fecham em queda; Dow Jones registra marca recorde

Apesar de o Ibovespa ter fechado nesta sexta-feira com leve queda de 0,10%, aos 128.150,71 pontos, a semana terminou com alta de 0,43%. Em Nova York, o Dow Jones subiu 0,34% — ultrapassando a marca dos 40 mil pontos pela primeira vez em 128 anos de história — e o S&P 500 avançou 0,12%, enquanto o Nasdaq recuou 0,07%. Já o dólar caiu 0,55%, a R$ 5,102 na venda. Na semana, a moeda americana acumulou baixa de 1,06%. (InfoMoney)

Campos Neto defende forma de comunicação do BC e mudança de guidance

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, defendeu em entrevista ao Estadão a forma como a autarquia se comunica e o direito de mudar a orientação sobre a política monetária, o chamado guidance. Questionado sobre se poderia ter informado o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de que mudaria a orientação, ele defendeu a autonomia do BC, afirmou que nunca fez isso e que não fará. “Já teve muitas mudanças de guidance — estou aqui há seis anos — e em nenhum momento passou pela minha cabeça ligar para o ministro Paulo Guedes para falar que eu achava que o guidance ia mudar para A, B ou C. É uma prerrogativa do BC, que tem autonomia. Nunca fiz isso no governo anterior e com certeza não planejo fazer neste”, disse. Sobre o ruído pós-decisão do Copom que reduziu o ritmo de corte da Selic, disse que o colegiado está “trabalhando dentro do padrão”. “A informação tem de chegar para todos ao mesmo tempo. Além disso, não existe entre nós nenhum tipo de regra ou arranjo que alguém precise consultar o outro. Cada um tem liberdade de expressão. Vários diretores falaram coisas durante os últimos cinco anos que mexeram com o mercado, e em nenhum momento eu falei: ‘Poxa, falou algo que tinha de ser combinado’. Não temos essa regra no Banco Central do Brasil, nem pretendemos ter.” (Estadão)