Política

Em viagem ao Brasil, secretário de Defesa dos EUA diz que militares devem estar sob controle civil

Em conferência, Lloyd Austin também afirmou que os países americanos estão unidos pela ‘devoção à democracia’

O secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin. Foto: Nicholas Kamm/AFP
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O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, defendeu nesta terça-feira 26, em Brasília, que os militares permaneçam sob firme controle civil. Ele participou da 15ª Conferência de Ministros da Defesa das Américas.

Ao anunciar a vinda de Austin ao Brasil, na semana passada, o Pentágono afirmou que ele participaria de debates sobre “dissuasão integrada; defesa cibernética; Mulheres, Paz e Segurança; e assistência humanitária e resposta a desastres”.

Segundo o governo norte-americano, Austin também “apoiará a afirmação do papel dos militares em uma sociedade democrática, incluindo o respeito às autoridades civis, aos processos democráticos e aos direitos humanos”.

“A dissuasão crível exige Forças Armadas e forças de segurança que esteja preparadas, capacitadas e sob firme controle civil”, disse Austin em Brasília, nesta terça, citado pela agência Reuters. “Quanto mais aprofundarmos nossas democracias, mais aprofundaremos nossa segurança.”

Na abertura do evento, o ministro da Defesa do Brasil, o general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, afirmou que o País respeita a Carta Democrática Interamericana, documento que diz que “os povos da América têm direito à democracia e seus governos têm a obrigação de promovê-la e defendê-la”.

Na cerimônia, Austin também declarou que os países americanos estão unidos pela “devoção à democracia.

“Nossos países não estão ligados somente pela geografia”, discursou o secretário. “Também somos atraídos pelos interesses e valores em comum, pelo nosso profundo respeito pelos direitos humanos e pela dignidade humana, pelo nosso compromisso com o Estado de Direito e por nossa devoção à democracia.”

Nas redes sociais, o Departamento de Defesa dos Estados Unidos compartilhou duas frases de Austin nesta terça. Segundo o secretário, “o Estado de Direito, os direitos humanos e a dignidade humana foram atacados em nossa região” e “os poderes autocráticos estão trabalhando para minar a ordem internacional estável, aberta e baseada em leis em nossa região”.

O comunicado sobre a vinda do secretário de Defesa dos Estados Unidos ao Brasil ocorreu dias depois de o presidente Jair Bolsonaro (PL) reunir embaixadores em Brasília para repetir fake news sobre as urnas eletrônicas e atacar a Justiça Eleitoral. Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira estava presente.

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