O presidente Jair Bolsonaro afirmou na manhã desta 4ª feira (28.ago.2019) que é de “centro-direita” e que Emmanuel Macron, presidente francês, é “de esquerda”. Por esse motivo, na concepção do chefe do Executivo brasileiro, as falas de Macron sobre as queimadas na Amazônia tiveram tanta repercussão.

“Essa inverdade do Macron ganhou força porque ele é de esquerda e eu sou de centro-direita”, falou.

O presidente foi confrontado com o argumento de que Macron, na França, é considerado 1 político de “centro-direita”.

“Para você [jornalista], não para mim. Você sabe que ele é de esquerda até por seu comportamento”, afirmou, deixando dúbio se estava se referindo ao comportamento do presidente francês ou do jornalista.

PRESIDENTE QUER RETRATAÇÃO

Bolsonaro também disse que só volta a falar com o Emmanuel Macron se houver 1 pedido desculpas por ter sido chamado de “mentiroso”.

“No tocante ao governo… não ao povo, ao governo francês: O fato de me chamar de mentiroso e por duas vezes falar que a soberania da Amazônia tem que ser relativizada, somente [volto a falar] após ele se retratar do que falou no tocante à minha pessoa, que represento o Brasil como presidente eleito, e bem como ao espírito patriótico do nosso povo, que não aceita relativizar a soberania da Amazônia. Em havendo isso aí, sem problema nenhum, podemos voltar a conversar”, disse o presidente.

O presidente brasileiro esteve reunido nesta manhã com o presidente chileno Sebastián Piñera. Eles acertaram o envio de 4 aeronaves chilenas para ajudar no combate aos focos de incêndio na mata.

Sobre Macron, Bolsonaro disse também que o presidente da França aproveitou-se das queimadas na Amazônia para “tentar se capitalizar perante o mundo” como o “único” defensor do meio ambiente.

“No meu entendimento, houve 1 aproveitamento por parte do senhor presidente Macron para se capitalizar perante o mundo como aquela pessoa única e exclusiva interessada em defender o meio ambiente. Essa bandeira não é dele. É nossa, é do Chile, é de muitos países do mundo”, afirmou. “Então, o que ele fez no tocante ao Brasil: primeiro, ofender o presidente da República democraticamente eleito; e, depois, por mais de uma vez, relativizar a nossa soberania. Isso despertou o sentimento patriótico do povo brasileiro, bem como de outros países aqui da América do Sul que fazem parte da região amazônica.”