Cultura
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Por Laís Franklin (@laisfranklin)


O Escândalo (Foto: Divulgação) — Foto: Vogue

Enfim, chegamos a mais um Festival do Rio. A 21ª edição evento, que originalmente aconteceria em novembro e quase foi cancelada por falta de verba, chega com fôlego merecido depois de um financiamento coletivo que reuniu mais de 627 mil reais doados por 1827 pessoas.

Esta aguardada edição, que começa hoje (9.12) e vai até dia 19.12, reúne mais de 190 filmes, entre títulos nacionais e internacionais. Tanto a o longa de abertura, que será exibido no Cine Odéon, quanto o filme do gala de encerramento foram dirigidos mulheres e estão na corrida para o Oscar 2020.

Adoráveis Mulheres (Foto: Divulgação) — Foto: Vogue

O primeiro é o romance Adoráveis Mulheres (Little Woman), que já foi filmado em 1994 e agora ganha nova versão de Greta Gerwig. Baseado no livro homônimo clássico da literatura norte-americana de Louisa May Alcott, o longa reúne um grande elenco formado por Emma Watson, Timothée Chalamet e Meryl Streep, só para citar alguns.

Já o segundo é O Escândalo (Bombshell), protagonizado por Margot Robbie, Charlize Theron e Nicole Kidman e com direção de Jay Roach. A trama de suspense acompanha o caso de assédio sexual de quatro mulheres que denunciam o antigo CEO da Fox News Roger Ailes (John Lithgow). Confira abaixo nossa curadoria com outros 11 filmes, entre longas de ficção e documentários, para prestar atenção e incluir no seu roteiro:

Amazing Grace, de Sydney Pollack
O diretor Sydney Pollack registrou o momento em que Aretha Franklin decidiu voltar às origens para apresentar seu repertório gospel por dois dias na Igreja Batista de New Temple Missionary, em Los Angeles. A experiência resultou em seu álbum de maior sucesso: Amazing Grace. O conteúdo filmado, no entanto, permaneceu em segredo até agora e é um dos maiores tesouros escondidos da música do século XX. Antes da morte de Pollack, em 2008, o cineasta disse que queria ver seu filme terminado. A missão foi cumprida de forma apaixonada pelo produtor Allan Elliot.

Babenco - Alguém tem que ouvir o coração e dizer: Parou, de Bárbara Paz
“Eu já vivi minha morte, agora só falta fazer um filme sobre ela”, disse o cineasta Hector Babenco a Bárbara Paz, ao perceber que não tinha muito tempo de vida. Ela aceitou a missão e realizou o último desejo de seu companheiro: ser protagonista de sua própria morte. O registro sensível em forma de documentário foi premiado no Festival de Veneza.

The Capote Tapes (Foto: Divulgação) — Foto: Vogue

The Capote Tapes, de Eba Burnough
Answered Prayers (Orações Respondidas) tinha tudo para ser a maior obra-prima do escritor Truman Capote, um retrato da alta-sociedade de Nova York. Em vez disso, foi o que provocou a sua derrocada na carreira. O filme revela arquivos de áudios inéditos e entrevistas com amigos (e inimigos) de Capote e foi exibido no Festival de Toronto deste ano.

Breve Miragem de Sol, de Eryk Rocha
Concorrendo na Première Brasil de longa ficção, uma das mais prestigiadas do festival, o longa reúne os ótimos Fabrício Boliveira e Bárbara Colen no time de atores principais. O roteiro narra o recém divorciado e desempregado Paulo, que começa a trabalhar como taxista para pagar suas contas e a pensão atrasada do único filho. Enquanto dirige à noite pelas ruas do Rio de Janeiro, histórias dos passageiros conectam-se com a sua própria.

Viver Para Cantar, de Johnny Ma (Foto: Divulgação) — Foto: Vogue

Viver para cantar, de Johnny Ma
Exibido na Quinzena dos Realizadores do Festival de Cannes 2019 e eleito o Melhor Filme no Festival Internacional de Cinema de Xangai 2019, este drama chinês acompanha a saga da artista Zhao Li, que gerencia a pequena trupe de Ópera Sichuan. O grupo não só atua como vive em um decaído teatro na periferia de Chengdu, na China. Tudo muda quando ela recebe a notícia da demolição do imóvel e esconde a notícia dos outros membros.

Penelope Cruz em Wasp Network (Foto: Divulgação) — Foto: Vogue

Wasp Network, de Olivier Assayas
Estamos em Havana. Mais precisamente dezembro de 1990. É nesse contexto que o cubano René González (Édgar Ramírez), piloto de avião, rouba uma aeronave e escapa do país, deixando para trás sua esposa (Penelope Cruz) e a filha, para começar uma nova vida em Miami. Seu objetivo? Desestabilizar o regime de Fidel Castro junto a Juan Pablo Roque (Wagner Moura) e Gerardo Hernandez (Gael García Bernal). Baseado em uma história real e adaptada do livro Os Últimos Soldados da Guerra Fria, de Fernando Morais,o filme dirigido e roteirizado pelo francês Olivier Assayas ganhou destaque internacional no último Festival de Veneza.

Favela é moda, de Emílio Domingos
Selecionado para a Mostra Competitiva de Documentários da Première Brasil 2019, o filme faz sua estreia no Festival do Rio. Este documentário é a terceira parte de uma trilogia sobre o corpo e acompanha o cotidiano de jovens modelos da favela do Jacarezinho, Zona Norte do Rio de Janeiro. A partir do conceito Moda Resistência, eles questionam o padrão estético no mercado da moda no Brasil.

Uma Mulher Extraordinária, de Sherry Hormann
No Panorama do Cinema Mundial, esse filme chama a atenção por ser um retrato do grito por liberdade de uma mulher que luta contra os padrões religiosos estabelecidos (e impostos) pela sociedade turca. Inspirado pelos trágicos acontecimentos da vida real de Hatun “Aynur” Sürücü, uma jovem e corajosa mãe que foi forçada a entrar em um casamento abusivo aos 16 anos. Ela estava recomeçando a vida em Berlim quando foi assassinada aos 23 anos pelo irmão mais novo, em um "crime de honra". Festival de Tribeca 2019.

Cunningham, de Alla Kovgan
Na mostra itinerários únicos, vale a pena conferir essa bela experiência cinematográfica em 3D sobre o icônico coreógrafo americano Merce Cunningham, que revolucionou a dança contemporânea ao desenvolver uma técnica própria e subverteu perfórmances coreográficas. Podemos acompanhar sua evolução artística ao longo de três décadas de risco e descoberta (1944-1972), dos primeiros anos, como um dançarino batalhando em Nova York, à ascensão como um dos mais visionários e incompeendidos coreógrafos de seu tempo.

Amazônia Sociedade Anônima (Foto: Divulgação) — Foto: Vogue

Amazônia Sociedade Anônima, de Estevão Ciavatta
Expeculação fundiária, grilagem, desmatamento ilegal e crime ambiental estão em foco no documentário com roteiro, produção e direção de Estevão Ciavatta. Um verdadeiro mergulho no embate territorial da Amazônia onde índios e ribeirinhos, em uma união inédita liderada pelo Cacique Juarez Saw Munduruku, enfrentam máfias de roubo de terras para salvar a floresta.

Frankie, de Ira Sachs
Exibido na Competição Oficial do Festival de Cannes 2019 e com a sempre impecável Isabelle Huppert, o drama americano-francês acompanha três diferentes gerações que passam por uma mudança de vida durante uma viagem de férias a Sintra, cidade histórica de Portugal conhecida por seus imponentes jardins, vilas e palácios.

SERVIÇO
Para conferir as datas e horários das sessões é só acessar o site oficial do evento
www.festivaldorio.com.br

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