EUA e Canadá afirmam que míssil iraniano abateu Boeing

Os governos de EUA e Canadá afirmam ter informações sólidas de que um míssil de interceptação iraniano é o responsável pela queda do voo 752 da Aviação Internacional Ucraniana. O premiê canadense, Justin Trudeau, cobrou das autoridades de Teerã uma investigação completa. “Reconhecemos que possa ter sido acidental”, ele disse. “Mas as evidências sugerem a causa provável da queda.” Os dados de satélite americanos indicam o disparo de um míssil de alcance curto na rota do avião. Interceptação da frequência de rádio utilizada pelos iranianos capturou uma conversa em que confirmavam entre si o problema. E um vídeo amador, distribuído ontem, parece ter flagrado o momento em que o míssil explode. Este tipo de ogiva é programada para explodir próxima do alvo. O objetivo é criar fragmentos que derrubam o avião sem necessariamente atingi-lo diretamente. Havia 176 pessoas à bordo, principalmente ucranianos, canadenses e iranianos. Após a explosão, o Boeing 737-800 tentou retornar ao aeroporto mas terminou se chocando contra o chão. (New York Times)

Pois então: Ali Rabiel, porta-voz do governo do Irã, nega participação na queda. “Ninguém vai assumir a responsabilidade, trata-se de uma grande mentira”, ele afirmou. “Infelizmente, trata-se de uma operação psicológica do governo americano, e todos que ajudam a distribuir esta informação somam um insulto à injúria que desequilibram as famílias das vítimas.” (CNN)

É... A Organização da Aviação Civil do Irã também afirmou que a declaração não faz sentido. Segundo as autoridades, no mesmo local e altura havia inúmeros outros voos nacionais e internacionais. (Estadão)

Algumas testemunhas disseram que o avião pegou fogo antes de cair. Relatório preliminar do Irã diz que a aeronave teve um problema e voltava para o aeroporto de Teerã logo após a decolagem, quando caiu. (G1)

Aliás... Fotografias dos danos nas bases militares americanas atingidas por mísseis na quarta-feira dão força à tese de que o Irã foi preciso e não matou ninguém intencionalmente. Todos os prédios atingidos foram aqueles que não costumam estar habitados. (Globo)

Daí que... A Câmara dos Deputados americana aprovou uma resolução que impede o presidente Donald Trump de atacar militarmente o Irã sem aceite prévio do Congresso. O Senado precisa passar um texto similar para que a ordem tenha valor, mas para conseguir maioria é preciso que quatro republicanos votem contra o presidente. (Washington Post)

Meio em vídeo: um país no qual 70% dos formandos em ciências, engenharia e matemática são mulheres; em que o Estado financia cirurgias transgênero para quem deseja; no qual educação sexual desde cedo combate gravidez adolescente. Você tem certeza de que conhece o Irã? Assista.

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Os deputados britânicos aprovaram acordo do Brexit. Graças à maioria conservadora que o primeiro-ministro Boris Jonhson conquistou nas eleições mês passado, o projeto foi aprovado com 330 votos a favor e 231 contra. O texto vai ser encaminhado para a Câmara dos Lordes (câmara alta do Parlamento) e depois deverá passar pelo consentimento da rainha. Mesmo que o projeto sofra alterações, o Partido Conservador tem maioria para reverter. Com a aprovação, ainda terá que ser ratificado pelo Parlamento Europeu no dia 29 de janeiro — dois dias antes do prazo final. (Estadão)

No Meio de Sábado: No próximo dia 3 de fevereiro, Iowa será o primeiro estado americano a indicar quem gostaria de ver candidato à presidência pelo Partido Democrata. E, assim, a disputa pela Casa Branca enfim começa. Há dois favoritos — o ex-vice-presidente Joe Biden e o senador Bernie Sanders. A dúvida principal que se apresenta é sobre qual o perfil ideal para vencer a direita populista e nacionalista representada por Trump: um tipo liberal como Biden ou um homem de esquerda como Bernie? No Reino Unido, a esquerda perdeu feio. No Brasil, a mesma dúvida também se apresenta. A edição do Meio que os assinantes premium recebem amanhã mergulha em como funcionam as primárias dos EUA, e como este debate está sendo encarado. É o grande debate nas democracias ocidentais. Assine. Não custa quase nada.

A decisão da Justiça do Rio de Janeiro que censurou o Especial de Natal do Porta dos Fundos foi derrubada ontem pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Dias Toffoli. (Folha)

Toffoli sobre a decisão: “Não se descuida da relevância do respeito à fé cristã (assim como de todas as demais crenças religiosas ou a ausência dela). Não é de se supor, contudo, que uma sátira humorística tenha o condão de abalar valores da fé cristã, cuja existência retrocede há mais de 2.000 anos, estando insculpida na crença da maioria dos cidadãos brasileiros”.

O que diz a Netflix: “Sobre o especial do Porta dos Fundos: apoio fortemente a expressão artística e vou lutar para defender esse importante princípio, que é o coração de grandes histórias”. (Twitter)

Desde a saída de Jair Bolsonaro do PSL, o número de pedidos de desfiliação do partido quadruplicou: 1.256 pessoas. Levantamento do O Globo, com os dados do TSE, aponta que o número ainda é pequeno em relação ao total de 348 mil. Mesmo assim, o aumento pode ser reflexo do apoio ao Bolsonaro. Ele tem feito campanha de desfiliação para o Aliança pelo Brasil conseguir o total de assinaturas e ser oficializado como partido. (O Globo)

Os números do PSL, no entanto, são bem diferentes: sem Bolsonaro, o partido diz que perdeu apenas cerca de 750 filiados e ganhou 15 mil novos. (Congresso em Foco)

A força-tarefa da Operação Greenfield denunciou 29 por fraudes nos fundos de pensão da Petrobras, Vale, Caixa e Banco do Brasil. Entre eles está Esteves Colnago, ex-ministro do Planejamento do governo Temer e assessor especial do ministro da Economia, Paulo Guedes. Eles são acusados por investimentos irregulares da empresa Sete Brasil, responsável pela construção de unidades de perfuração no Pré-Sal. O prejuízo calculado é de R$ 5,5 bilhões. (Valor)

Liberdade de expressão versus trevas da censura

Tony de Marco

 
Porta-dos-Fundos

Histórias para ouvir

Histórias para ouvir

Toda semana, às sextas, o Meio recomendará algo de interessante para ouvir na Storytel. E os leitores do Meio têm direito a experimentar o serviço por 30 dias. Sem custo. Tem audiobooks, podcasts, séries em áudio — histórias de todo tipo, narradas por bons atores e locutores. Experimente.

Em A Maldição do Petróleo, Michael Ross estabelece argumentos sobre os efeitos políticos e econômicos devastadores do petróleo. Ross argumenta que, sob certas condições, com sua gigantesca fonte de receita, sua volatilidade e seus segredos, as riquezas do petróleo contribuem para o autoritarismo, os conflitos civis e também para um crescimento econômico vulnerável, instalando uma crise generalizada que pode resultar no colapso de um país. Nessa análise inovadora, Ross avalia de que modo os países em desenvolvimento são moldados por sua riqueza mineral, explica as origens e a natureza dessa “maldição” e como ela pode ser sanada. Ouça.

Cultura

Sobre Doutor Estranho...Scott Derrickson não será mais o diretor do filme da Marvel. O estúdio e o cineasta confirmaram sua saída em um comunicado alegando "diferenças criativas". Derrickson, que supervisionou o primeiro filme, permanecerá como produtor executivo. Doutor Estranho, lançado em 2016, foi um sucesso de público e crítica arrecadando quase US $ 680 milhões em todo o mundo. A sequência encontrará Benedict Cumberbatch retornando como Strange, um mestre das artes místicas. A sequência está programada para 7 de maio de 2021 e a Marvel segue em busca de um substituo. (Variety)

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Por falar em Benedict Cumberbatch, protagonista do premiado 1917, estes são os 25 melhores filmes sobre guerra dos últimos tempos. A seleção é do MentalFloss.

O critério: “O que diferencia os melhores filmes de guerra é sua capacidade de nunca perder de vista o custo humano. As verdadeiras obras-primas do gênero podem oferecer espetáculo, sim, mas também dizem algo mais profundo sobre a história da humanidade, algo que une a todos, não importa em que lado da batalha possamos estar.”

Abbey Road lidera a lista dos dez albuns em vinil mais vendidos da década de 2010. Apenas um foi realmente lançado nos últimos 10 anos. Born to Die de Lana Del Rey.

Não é vinil, mas o disco dos Beatles também toca no Spotify...

Cotidiano Digital

O CES termina hoje e trouxe muitas novidades. Uma delas são as telas dobráveis. Elas aparecerem em notebooks, como o Horseshoe Bend da Intel e o Concept Duet da Dell, que conta com uma outra tela no lugar do teclado. As TVs também não ficaram de fora dessa tendência. A LG apresentou o seu protótipo OLED rolável. Como se fosse um projetor, a nova tela desce do teto. Enquanto a Samsung lançou um modelo de TV 8K com tela sem nenhuma moldura ao redor. Outra novidade da empresa é a Sero, uma TV que pode ficar na vertical e deve chegar ainda este ano no Brasil.

O CES também foi palco para a guerra do streaming. O CEO do Quibi, Jeffrey Katzenberg deu mais detalhes sobre a nova plataforma que ele nega que irá competir com Netflix e Disney+, mas, sim com YouTube e Instagram. O streaming é feito para o celular, em vez da TV, e contará com vídeos de até 10 minutos, que poderão ser assistidos tanto na vertical, quanto na horizontal. Steven Spielberg é um dos artistas que já assinaram para criar conteúdos exclusivos para a plataforma.

A edição deste ano também contou, pela primeira vez, com brinquedos sexuais high-tech. Depois da polêmica do ano passado, a organização liberou a exibição deles, incluindo o responsável pela mudança: o Osé.

A participação da Apple, depois de 28 anos longe do CES, decepcionou. A sua presença se restringiu a um painel com o Facebook sobre privacidade digital. As empresas, que vêm sofrendo críticas pelo controle dos dados dos seus usuários, seguiram um roteiro corporativo e se limitaram a apresentar suas estratégias.

Já perto do fim do CES, a Wired fez uma lista dos melhores lançamentos e o Engadget escolheu os melhores em cada categoria.

E o interesse pela transmissão ao vivo é maior do que nunca. A indústria do live-streaming cresceu 12% de 2018 a 2019. Os dados são de um relatório do quarto trimestre do provedor de ferramentas de streaming StreamElements e do rastreador de métricas Arsenal.gg. Muito do crescimento veio do Facebook Gaming, que aumentou suas horas assistidas em 210% - provavelmente devido à assinatura de novos streamers. De acordo com o relatório da StreamElements, o Facebook teve um aumento de 6% nos streamers e um aumento de 78% no número médio de espectadores por hora transmitida.

Viver

Por problemas financeiros, a Lime, de patinetes eletrônicos, está deixando o Brasil depois de apenas seis meses de operação. Segundo o site The Information, a empresa teve prejuízo de cerca de US$ 300 milhões em 2019, apesar de mais de US$ 420 milhões em receita bruta, devido à a um possível aumento de custos, com a depreciação de seus patinetes, e uma complexa operação de reparos que a empresa precisa realizar. Joe Kraus, presidente da Lime, disse ao site Axios que a empresa está quase lucrando, e negou rumores de que estava buscando uma nova rodada de investimentos de capital de risco por estar com o caixa baixo. (O Globo)

Além de sair do mercado brasileiro, a gigante dos patinetes deixará outras cinco cidades na América Latina: Bogotá, Buenos Aires, Montevidéo, Lima e Puerto Vallarta. As operações também serão encerradas Atlanta, Phoenix, San Diego e San Antonio (EUA) e Linz (Aústria). Cerca de 100 funcionários, ou 14% do quadro da empresa, serão demitidos. (Estadão)

As noites sem dormir afetam o cérebro. Mais do que parece. Além do cansaço e da falta de concentração no dia seguinte, o desempenho cognitivo pode sofrer a longo prazo e de forma mais grave. Um estudo da Fundação Pasqual Maragall encontrou mudanças na estrutura cerebral que sugerem uma ligação entre a insônia e o desenvolvimento da doença de Alzheimer. Pesquisas realizadas com pessoas saudáveis constataram que as que sofrem de insônia apresentam alterações em algumas áreas do cérebro que também são afetadas nos estágios iniciais da doença.

O LinkedIn divulgou a lista ‘profissões emergentes’, com as 15 posições em ascensão para o ano de 2020 no Brasil. O levantamento reúne as profissões que vivem um momento de alta com base em dados de usuários do LinkedIn com perfil público que tenham ocupado uma ou mais posições em tempo integral no Brasil nos últimos cinco anos. Na primeira posição, está o gestor de mídias sociais. Na segunda, o engenheiro de cibersegurança. Além da lista, a rede social inclui quais são as habilidades mais requisitadas e os setores que mais contratam.

Galeria: Austrália. 21 imagens de pessoas trabalhando para resgatar alguns animais dos incêndios. Mais de um bilhão de animais já morreram.

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